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Explosões para obra na rodovia Dutra geram congestionamento no sentido SP

PARACAMBI, RJ (FOLHAPRESS) – As detonações de rochas para obras de ampliação da pista na serra das Araras, no trecho da rodovia Presidente Dutra (BR-116) entre os municípios de Paracambi e Piraí, no Rio de Janeiro, começaram nesta quarta-feira (5) com a formação de congestionamentos na estrada que liga as duas cidades mais populosas do país.

As explosões acontecerão até dezembro e causarão interdições temporárias da rodovia, na altura do km 225, no sentido São Paulo. O objetivo da obra é que a ida e a volta sejam feitas pela atual pista de subida para a capital paulista.

Em junho estão programadas mais cinco ações de implosão que vão interditar a via Dutra no período entre 11h30 e 13h30.

Nesta quarta, contudo, o trecho da via Dutra foi reaberto aos motoristas mais cedo, às 12h40.

O ritmo das detonações vai aumentar entre julho e outubro, com pico de 34 pontos de implosão simultâneos. Nesse período, o trecho da rodovia será interditado de segunda a quinta-feira, entre 11h30 e 13h30.

Atualmente, as duas vias dividem o tráfego por oito quilômetros na serra —do km 233 ao km 225— entre a subida, no sentido São Paulo, e a descida para o Rio de Janeiro. A ampliação vai contar com 24 novos viadutos para suavizar curvas, rampas de escape na descida para caminhões, passarelas e pontos de ônibus.

Na madrugada desta quarta, dia da primeira explosão, militares do Exército estiveram na serra das Araras e colocaram os explosivos nas fendas feitas na rocha. A detonação começou ao meio-dia.

Equipes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e da CCR RioSP atuaram nos pontos de bloqueio para retirar todos os motoristas do trecho.

“Calculamos em 200 metros o raio de influência da área que deve ser evacuada para que seja realizada a detonação. Decidimos com a PRF fechar a pista onde tem o retorno que dá condições para o motorista voltar, caso prefira”, afirmou o coordenador da CCR RioSP, Leandro Guimarães.

O autônomo Rondineli Joel, que saiu do Rio de Janeiro com destino a Barra Mansa (RJ), precisou aguardar a reabertura da rodovia.

“Sabia da interdição, mas achei que ia dar tempo de passar. Menos mal que não faço esse caminho frequentemente.”

A recomendação da PRF é que os motoristas se programem para não pararem na rodovia no horário de interdição. Caso seja necessário passar na via neste horário, a orientação é aguardar as duas horas de fechamento e não usar rotas alternativas.

Segundo a PRF, o tempo de deslocamento pelas rodovias estaduais é mais longo do que o tempo de espera até a reabertura da via. Além disso, não há garantias de que as rodovias vão suportar o fluxo de veículos. Parte das rotas alternativas possui pistas sinuosas e mais estreitas.

Um dos caminhos alternativos para o sentido São Paulo é utilizar a BR-050 até Três Rios, e depois a BR-393 até Barra Mansa. Outra possibilidade é trafegar pelas cidades de Paracambi e Seropédica, na Baixada Fluminense, até chegar em Mendes.

“Há trechos de serra, risco de deslizamento, e são voltas bem grandes. O ideal é programar a viagem”, afirmou José Helio, chefe da comunicação da PRF.

O prazo estimado para a conclusão da obra é 2029. Será investido R$ 1,5 bilhão, parte dos R$ 15 bilhões previstos em investimentos para a Dutra ao longo dos 30 anos de concessão da CCR RioSP.

Ao fim da obra, a pista usada hoje para descida será mantida para uso dos moradores da região e para operações de emergência.

Para realizar as detonações, técnicos da CCR RioSP cobrem os explosivos com material argiloso e borracha, o chamado “fogo cuidadoso”. A intenção é diminuir ruídos e evitar a dispersão de material.

A previsão é que as detonações gerem 700 mil metros cúbicos de material retirado das rochas. Junto a outro 1,8 milhão de metros cúbicos de material terroso, esses volumes serão reaproveitados para a obra, nivelando terrenos acidentados que serão pavimentados.

A rodovia Presidente Dutra, inaugurada em 1951, teve edital de concessão aprovado em 2021. O atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), era à época ministro da Infraestrutura do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mencionou a concessão e o plano de obras como um feito do governo, durante a campanha de 2022.

YURI EIRAS / Folhapress

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