SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A FAB anunciou a preparação para o primeiro voo que irá repatriar brasileiros no Líbano, afetados pelos ataques de Israel. O avião tem previsão de decolagem da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (2). Cerca de 3.000 brasileiros já pediram ajuda ao governo brasileiro para deixar o país.
A Operação “Raízes do Cedro” tem previsão de repatriar inicialmente 220 brasileiros, segundo comunicado divulgado nesta terça-feira (1). A aeronave KC-30 sairá do Rio com destino ao aeroporto de Beirute, capital do Líbano, com escalas previstas em Lisboa, Portugal.
A tripulação será composta pela equipe operacional da aeronave e militares da área de saúde (médico, enfermeiro, psicólogo).
O comunicado da FAB ainda diz que o retorno da aeronave “estará condicionado a coordenações e protocolos adicionais”.
BRASILEIROS NO LÍBANO
Estimativa do governo é de que 20 mil brasileiros vivam no Líbano. A consulta para aqueles que desejam repatriação segue aberta, e a população pode procurar o Itamaraty pelos seguintes números: sala de operações do Sul do Líbano: 07753684; sala de operações de Baalbeck Hermel: 08371479; sala de operações de Nabatiyyeh: 07769002; sala de operações do Bekaa: 08803905.
Quantidade exata de pedidos de repatriação não foi informada. O levantamento preliminar foi informado por fontes do Itamaraty ao colunista do UOL Jamil Chade, na manhã desta terça. O Palácio do Planalto trabalhava com o número de 2.000 pessoas até o fim de semana, mas os pedidos de repatriação cresceram vertiginosamente nos últimos dois dias.
Operação de larga escala será necessária, já que o número de pedidos de repatriação no Líbano ultrapassa os de repatriados em Israel e Gaza somados desde 7 de outubro de 2023. Por isso, o governo continua orientando que aqueles brasileiros que consigam deixar o país por conta própria o façam. Número de requisições se equipara ao de 2006, ano da última incursão terrestre de Israel no Líbano. Naquela ocasião, 3.000 pessoas deixaram o país com auxílio do governo brasileiro.
Redação / Folhapress