SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A família da ativista norte-americana Aysenur Ezgi Eygi, morta na Cisjordânia por forças israelenses, disse nesta terça-feira (10) que o presidente Joe Biden e a Casa Branca não ligaram para oferecer condolências.
Aysenur, de 26 anos, tinha cidadania turca e estadunidense. Ela foi morta com tiros na cabeça na última sexta-feira (6) durante um protesto na Cisjordânia contra ataques de colonos de Israel e seus assentamentos na região.
”Por quatro dias, esperamos que Biden pegasse o telefone e fizesse a coisa certa”, disse Hamid Ali, companheiro de Eygi. A família disse ao jornal britânico The Guardian que, além das condolências, queria que o presidente informasse que ordenou uma investigação independente da que foi feita por Israel sobre o caso.
O Exército israelense afirmou que a morte não foi intencional. A investigação inicial da corporação teria concluído que é altamente provável que suas tropas tivessem disparado o tiro que matou a ativista, mas que foi acidental.
Familiares desaprovaram inquérito. ”Não foi um acidente e seu assassinos devem ser responsabilizados”, relatou Hamid ainda para o The Guardian. Eles também criticaram Biden por supostamente ter endossado o relatório.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o secretário de Defesa, Lloyd Austin, exigiram uma revisão na conduta militar de Israel. ”Ninguém deveria ser baleado e morto por comparecer a um protesto e apenas por expressar livremente suas opiniões”, falou Blinken à imprensa em Londres.
Redação / Folhapress