Família morta em Niterói é enterrada; polícia diz nenhuma hipótese está descartada sobre crime

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil do Rio de Janeiro disse que ainda não descartou nenhuma hipótese para o assassinato de uma família em Niterói, no domingo (17). As vítimas incluem o pai, a mãe e um bebê de sete meses.

O enterro dos três aconteceu na tarde desta terça (19), no cemitério do Pacheco, em São Gonçalo e foi pago pela prefeitura do município.

A criança, identificada como Miguel Filipe dos Santos Rodrigues, chegou a ser socorrida após ser atingida por um tiro na cabeça, mas morreu no hospital. Já os pais, Filipe Rodrigues e Rayssa dos Santos Ferreira, morreram no local do ataque. Eles foram mortos com disparos calibre .40, de pistola.

A polícia agora busca informações sobre o passado das vítimas, para tentar identificar possíveis suspeitos. Além disso, apura a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte) e até mesmo se a família foi confundida com outras pessoas.

Sobre a possibilidade de latrocínio consta a informação, passada por familiares, de que Filipe teria saído de casa entre 22h e 23h de domingo para buscar R$ 5.000 para dar entrada em uma casa. Ele teria comentado com parentes, em um churrasco, sobre o dinheiro.

A polícia apura se ele realmente chegou a pegar a quantia e se ele foi vítima de um assalto, ou se a pessoa que faria a entrega tem participação no crime. Os parentes não sabem se o valor seria de um pagamento de serviço — Filipe trabalhava como gesseiro e motorista de aplicativo — ou se ele iria pegar um empréstimo.

Os investigadores não descartam também o crime ter sido encomendado. Para isso, estão levantando informações sobre relacionamentos passados e possíveis brigas das vítimas.

Uma possibilidade é do carro, alugado com placa de São Paulo, ter sido confundido por traficantes como sendo de um rival. O crime ocorreu próximo ao morro do Castro, área de influência do Comando Vermelho.

Oficialmente, a Polícia Civil afirmou que não irá passar informações sobre o caso, que segue em sigilo.

BRUNA FANTTI / Folhapress

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