SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As famílias das vítimas do acidente de avião que matou 62 pessoas em Vinhedo, no interior de São Paulo, vão passar por um processo que inclui acolhimento psicológico, assistência jurídica e coleta de DNA.
Os processos acontecem em dois hotéis, um no Tatuapé (zona leste) e outro no centro, e no auditório do Instituto Oscar Freire.
“O que acontece é que a família chega ao hotel, onde recebe acolhimento psicológico e jurídico. No auditório, há uma equipe técnica, da polícia técnica científica, que orienta sobre a entrega de materiais que possam ser importantes para a dupla checagem de identificação”, afirma o capitão Roberto Farina, da Defesa Civil.
“A maioria das vítimas era residente do Paraná, então a maioria dos familiares também é de lá. Até o momento, temos o registro de sete famílias que chegaram. Após o meio-dia, começaremos a receber mais familiares do Paraná, que estão vindo em vários voos”, afirma Farina.
O tenente Ramatuel Silvino, da Defesa Civil, afirmou que os trabalhos para a identificação dos corpos foram iniciados e alguns parentes das vítimas, atendidos. Segundo ele, os familiares ficarão em hotéis na capital e serão concentrados no auditório do Instituto Oscar Freire, próximo do IML.
“Estamos fazendo um trabalho cuidadoso para preservar ao máximo os corpos para facilitar a identificação e por respeito às famílias das vítimas”, afirmou a tenente Olívia Perrone, também dos Bombeiros.
Até o momento, 24 corpos foram resgatados em Vinhedo e levados até o IML, em São Paulo. Destes, dois foram identificados –do piloto e do co-piloto do voo.
O primeiro é Danilo Santos Romano, 35. Ele trabalhava na VoePass desde novembro de 2022. Anteriormente, trabalhou também na Air Astana, uma companhia do Cazaquistão e, por cinco anos, na Avianca Brasil, operando jatos de médio e grande porte.
Em junho, finalizou uma pós-graduação à distância em gestão de segurança de voo na faculdade Unyleya. Era palmeirense.
A outra vítima identificava foi o co-piloto, Humberto de Campos Alencar e Silva, 61. Ele trabalhava na Voepass há cinco anos e tinha uma experiência de mais de 5.000 horas de voo.
Segundo o capitão Michael Cristo, porta-voz do Corpo de Bombeiros, eles foram identificados ainda no condomínio de casas onde caiu o avião.
ARTHUR RODRIGUES / Folhapress