SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um dos destinos turísticos mais procurados para quem busca um friozinho aconchegante e até temperatura perto de 0ºC no inverno, Campos do Jordão (a 181 km de São Paulo) teve seu dia mais quente na história nesta terça-feira (14).
Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a estação meteorológica da cidade da Serra da Mantiqueira registrou 31ºC às 15h desta terça.
Conforme o órgão ligado ao Ministério da Agricultura e Pecuária, a marca é a maior em ao menos 80 anos, desde que o instituto começou a fazer a medição.
O recorde anterior, de 30,5ºC, foi registrado em 17 de setembro de 1961, ou seja, há 62 anos.
Conforme a medição da estação meteorológica do Inmet em Campos do Jordão, esta terça foi o terceiro dia com temperaturas superiores a 30ºC na cidade.
O turista que planeja passar o feriado desta quarta-feira (15) na cidade turística, quando se comemora a Proclamação da República, o tradicional fondue deverá ser trocado por picolé, pois a previsão é de termômetros mais uma vez em torno de 30ºC. Podem ocorrer pancadas de chuva isoladas à tarde para dar um refresco.
ONDA DE CALOR
São Paulo enfrenta uma onda de calor nesta semana que esquenta várias partes do país, principalmente o Sudeste e o Centro-Oeste. Em Ituverava (a 413 km de São Paulo) houve o registro de 40,5ºC nesta quinta -foi a temperatura mais alta no estado.
Outras nove cidades do interior paulista tiveram temperaturas máximas acima de 39ºC, em medição realizada às 15h.
Na capital, medição preliminar do Inmet apontou que a capital paulista teve o segundo dia mais quente do ano, com 37,5ºC às 15h. A temperatura ainda será atualizada e poderá ultrapassar os 37,7ºC da véspera ou o recorde de 37,8ºC, registrado em outubro de 2014.
Segundo o Inmet, uma onda de calor ocorre quando a temperatura máxima fica 5ºC acima da média por ao menos cinco dias consecutivos.
Prevista para terminar no fim de semana, a atual onda de calor, oitava deste ano, deve ser seguida por outras nas semanas seguintes. Isso porque o Brasil sofre diferentes efeitos do El Niño e enfrenta um ano com vários extremos de temperatura, com recorde mundial em outubro.
Embora especialistas não prevejam ondas como essa em dezembro, o que vem pela frente é mais calor. Numa escala dos próximos meses, o aumento das temperaturas, em meio ao verão, acontece também em função do El Niño.
O evento, formado pelo aquecimento das águas do Pacífico equatorial, muda a circulação atmosférica e tem agravado seca no Nordeste e ajudado a bloquear a circulação de frentes frias, que estacionam no Sul e aumentam as chuvas na região.
FÁBIO PESCARINI / Folhapress