Feira do Livro começa domingo frio com Marcelo Viana debatendo matemática

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Se o sábado de Sol do primeiro dia não foi desafio para que Cristian Dunker lotasse a abertura da Feira do Livro, o tempo nublado e gélido de domino na praça Charles Miller, na zona oeste de São Paulo, diminuiu o ritmo do evento na manhã deste domingo, 29.

O palco principal recebeu, com boa parte das cadeiras ocupadas, Marcelo Viana, diretor do Instituto de Matemática Pura e Aplicada e colunista da Folha, para discutir a divulgação científica.

Viana lança o livro “Histórias da Matemática”, da editora Tinta da China, um recorrido de várias historinhas da disciplina inspirado pelo modelo de sua coluna.

Na conversa com o repórter da piauí Bernardo Esteves, Viana conta que sua coluna nasceu com o intuito de aproximar a matemática da sociedade. “Eu gostaria que o leitor, no final do artigo, se sentisse melhor com a matemática”, diz.

Alguns desafios se impõem, como a impossibilidade de usar fórmulas, que afastariam o leitor, e os prazos –ele diz que começou escrevendo sua coluna aos domingos, para ser publicada às quartas-feiras na versão impressa do jornal, e hoje escreve às terças à tarde, para o terror dos editores.

Viana, aliás, não economiza nas declarações polêmicas. “Pitágoras não é o autor do teorema de Pitágoras, certamente”, afirma.

Ele também quer repensar a guerra entre as humanas e as exatas e diz que considera um erro que estudiosos de uma área reneguem a outra, e afirmem que aquilo não os diz respeito.

BÁRBARA BLUM / Folhapress

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