Festival Turá destaca samba e funk com Zeca Pagodinho, Maria Rita e MC Hariel

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com um ano de atraso, Zeca Pagodinho subiu ao palco do festival Turá no fim da tarde deste sábado, 24. O artista estava confirmado na primeira edição do evento no ano passado, mas pegou Covid pela segunda vez e foi substituído por Paulinho da Viola.

Ao encarar a plateia, o cantor brindou o público com um copo de cerveja na mão e disse que estava feliz com a casa cheia. Acompanhado de dez músicos, ele emendou sucessos como “Verdade”, “Saudade louca”, “Não Sou Mais Disso” e “Vai Vadiar”.

Se Zeca parecia reticente no início do set, a partir da metade, de “Ogum” para frente, passando por “Maneiras” e “Samba pras Moças”, ele estava em casa. Unindo millennials e gen Zs, ele conduziu o coro do público enquanto pausava para dar um gole, e encaminhava para o final com “Deixa a Vida me Levar”.

No show anterior, MC Hariel, expoente do funk consciente, manteve o discurso afiado durante o set, que inclui músicas de diferentes fases da carreira e menções ao Corinthians e a memória de MC Kevin, morto em 2021. “Eu vim no Ibirapuera com o passeio da escola, hoje estou aqui cantando”, disse logo no início.

Entre músicas como “Profecia” e “Maçã Verde”, ele discursou sobre a importância do funk ocupar diferentes palcos. Emocionado, e com a mãe na plateia, contou que estava muito feliz de tocar no mesmo festival que Jorge Ben Jor, que encerra a noite de hoje. Por parte da família, Hariel descobriu a MPB e a bossa nova, mas já na adolescência se tornou funkeiro. Hoje em dia, o seu som transita entre o funk, o rap e o trap.

Outro nome que agradou a parcela mais jovem do público foi Lucas Mamede, responsável por abrir a programação. Aos 20 anos, o cantor e compositor lançou o primeiro disco em fevereiro, “Já ouviu falar de amor?”. Com influência da MPB, a música pop do recifense mistura forró e samba em letras românticas. Em 2020, ele viralizou na internet com covers e chamou a atenção de Felipe Simas, empresário de Manu Gavassi e Anavitória.

Repetindo o formato da primeira edição, o Turá propõe encontros inéditos entre artistas. Foi o caso de Maria Rita, que apresentou o show “Samba de Maria”, e contou com a participação de Sandra de Sá em três músicas. “Nem sabia que era um sonho meu cantar com a Sandra”, disse a cantora. Além de “Olhos Coloridos”, o repertório trouxe faixas como “Cara Valente” e “Tá Perdoado”.

Ainda que a ideia do evento seja que o público circule pela área externa do Auditório, as filas para bebidas e banheiros são desanimadoras. No entanto, os preços salgados não desestimulam o consumo, especialmente porque há DJ sets entre os shows. Um drinque de uísque Jameson sai por R$ 30, já o chope Corona custa R$ 18.

ISABELA YU / Folhapress

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