SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um advogado de 25 anos foi assassinado a tiros em Taubaté, no interior de São Paulo, quando chegava ao escritório da família no bairro Três Marias, na manhã de quarta-feira (28). Ninguém havia sido preso pelo crime até a publicação deste texto.
A vítima, Leonardo Bonafé, era filho único de Flávio Bonafé, também advogado e candidato pelo MDB a prefeito de São Luiz do Paraitinga (SP), no Vale do Paraíba.
Em nota, a equipe do pai da vítima afirma que Leonardo também era presidente municipal do MDB. Diz ainda que segundo a polícia “as linhas principais de investigação incluem a possibilidade de motivações relacionadas à sua atuação como advogado criminalista ou ao fato de ser filho de um candidato a prefeito”.
“O delegado Múcio Mattos -diretor do Deinter-1 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior)- descartou a hipótese de latrocínio, ressaltando que o objetivo do crime não era o roubo, mas sim ceifar a vida de Leonardo”, afirma a nota.
De acordo com a SSP (Secretaria da Segurança Pública), a vítima chegava de carro para trabalhar quando foi atingida pelos tiros, disparados de dentro de outro veículo.
“O celular do advogado e o seu veículo foram apreendidos, e o caso foi registrado como homicídio na Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) de Taubaté. As diligências visando à identificação da autoria e esclarecimento dos fatos seguem em andamento”, afirmou a pasta.
O sepultamento de Leonardo ocorreu nesta quinta (29) no cemitério de São Luiz do Paraitinga.
Em uma rede social, o pai escreveu que Leonardo foi “um amigo leal” e “um filho amado”.
“Um jovem competente e cheio de planos para o futuro que teve sua trajetória interrompida por conta de um crime cruel e bárbaro. Sua memória ficará eternizada em todos aqueles que tiveram o privilégio de te conhecer. Obrigado por tudo”, escreveu Flávio Bonafé.
“Meu filho você sempre será nosso orgulho. Não estou tendo forças. Vá em paz te amo muito”, escreveu a mãe, Luciana Bonafé.
A diretoria da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil) afirma que trata-se de um ataque ao Estado de Direito.
“Este ato brutal representa um ataque direto e intolerável ao Estado de Direito. A OAB-SP continuará atenta para garantir que o caso seja rigorosamente investigado, com os culpados sendo identificados e devidamente punidos”, afirmou, em nota.
FRANCISCO LIMA NETO / Folhapress