Filho de Maguila faz homenagem à madrasta e critica parentes durante velório

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O filho mais velho do pugilista Adilson “Maguila” Rodrigues, Adenilson Rodrigues, enalteceu a madrasta, Irani, e criticou a falta de familiares no velório aberto do pai, feito na Alesp nesta sexta (25). O ídolo do esporte morreu na quinta-feira (24), aos 66 anos.

“Até quando meu pai queria desistir, ela dava força para ele. Mesmo ele sendo durão e ignorante. E ela está aqui [no velório], enquanto muitos da família, que falavam dela, não”, afirmou Adenilson, conhecido como Maguilinha.

Adenilson estava ao lado de Iraci e de Júnior, o único filho dela com o Maguila, quando concedeu entrevista coletiva.

Maguila tem um terceiro filho, Edenilson Lima dos Santos. À reportagem Júnior disse que o irmão estava atrasado por morar no interior.

“Ela viu muitas coisas acontecerem que ninguém sabe. Quem aguentava meu pai era ela. Falava ‘vamos tomar remédio’, e ele não queria. ‘Para de lutar’, e ele não queria”, continuou Adenilson.

Irani afirmou que Maguila era muito tranquilo e brincalhão, mas, depois do avanço da doença, ele tinha episódios de violência.

“Encefalopatia Traumática Crônica é muito parecida com o Alzheimer. Ele tinha muitos sintomas, um deles era de agressividade”, contou a viúva.

ÚLTIMOS DIAS

Ele manteve o bom humor e as piadas até o seu último dia, segundo sua esposa e seu filho, Júnior Ahzura. “Ele lutou bravamente, mas não tinha mais forcas”, disse Júnior.

“É uma honra estar falando de uma pessoa que fez parte do Brasil, não negou, em nenhum momento, a sua origem. Só temos que agradecer, primeiro a Deus, e a todas as pessoas que amam ele e que sempre acreditaram nele”, disse Irani.

O velório de Maguila ocorre na Alesp nesta sexta-feira (25). A cerimônia será encerrada por volta do meio-dia.

Depois, um cortejo vai levar o corpo para São Caetano do Sul, onde haverá um cerimonial na Ossel.

O pugilista vinha sofrendo de encefalopatia traumática crônica, também conhecida como demência pugilística, diagnosticada em 2013, e procurava minimizar os sintomas com um tratamento a base de canabidiol.

Maguila não chegou à disputa de um dos principais cinturões mundiais —embora tenha conquistado o irrelevante título da Federação Mundial de Boxe—, mas, quando se fala de carisma, teve poucos rivais entre atletas brasileiros, o que também o ajudou a conquistar uma legião de fãs.

DIEGO ALEJANDRO E ANA PAULA BRANCO / Folhapress

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS