Filhote de macaco-prego é resgatado em meio às cinzas das queimadas do pantanal

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Um filhote de macaco-prego, de três dias, foi resgatado em meio às cinzas de uma área afetada por incêndios florestais no pantanal. O animal foi encontrado na sexta-feira (13) nas proximidades da reserva ecológica Salobra, em Miranda, em Mato Grosso do Sul.

O resgate aconteceu durante uma ação na região pantaneira sul-mato-grossense, em conjunto com o Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal) e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). As equipes monitoravam a área quando se depararam com o filhote perdido da mãe e com o cordão umbilical.

O macaco-prego, batizado de Fênix, em referência ao pássaro da mitologia grega que renasce das cinzas, foi levado para o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e encaminhado ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, no Hospital Ayty, em Campo Grande.

O tratamento recebido pelo macaco é semelhante ao de um bebê humano. Segundo o Imasul, o filhote recebe alimentação com mamadeira a cada duas horas, é mantido em um local com aquecimento constante e recebe estímulos para defecar e urinar.

“O cuidado com animais silvestres é extremamente delicado e exige muita atenção. Eles são muito sensíveis. Estamos alimentando o macaco de duas em duas horas. Ele foi encontrado ainda com o cordão umbilical, um bebe ainda”, afirmou Aline Duarte, gestora do hospital veterinário. Ainda não há previsão para que o macaco deixe a unidade.

De acordo com o Imasul, equipes seguem monitorando áreas devastadas no Pantanal. Não há informações sobre se a mãe do filhote foi encontrada.

O Governo de Mato Grosso do Sul informou que este período do ano é considerado o mais crítico em relação aos incêndios florestais, que aumentam ainda mais por causa da seca e do calor intensos e por ações humanas.

Desde maio, o estado impôs a proibição total de queimadas, com todas as autorizações suspensas. Nenhum produtor rural, indústria ou cidadão está autorizado a realizar queimadas.

ALÉXIA SOUSA / Folhapress

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