RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Gerson está cada vez mais perto do retorno ao Flamengo. Em recuperação da cirurgia para resolver um problema no rim, o volante falou mais abertamente sobre os quase dois meses fora.
Gerson precisou parar no momento em que era titular do Flamengo. Mesmo com o time ainda não encaixado, o volante foi defendido por Tite no papel que cumpria naquela altura da temporada. O desafio do treinador era encaixar De la Cruz e Arrascaeta na mesma equipe.
Quando foi obrigado a passar por cirurgia, o jogador viu o Fla se ajustar. Nos momentos difíceis, ainda que tenham sido poucos nesse início de 2024, desejou estar no campo ajudando. Ele não buscou apoio psicológico, mas tentou manter a energia positiva com a ajuda de familiares e do clube.
“Não sei fazer outra coisa na minha vida. Nasci jogando futebol e quando o cara sai por problema de saúde é complicado. Muitas das vezes você tenta não se sentir até fracassado de não poder fazer algo, ajudar, mas o importante é passar energia positiva. É isso que faço com meus companheiros”, disse Gerson.
Gerson passou a ser presença certa no vestiário e no Maracanã. Se a faixa de capitão ficou com Arrascaeta, o meio-campista seguiu exercendo o papel de liderança com discursos e motivando os companheiros.
Ele também fez questão de continuar indo ao Ninho do Urubu mesmo quando não podia fazer qualquer atividade. Nos primeiros dias após a cirurgia, esteve no CT para ver os companheiros e conversar com a comissão técnica. A rápida recuperação impressionou o Flamengo. No momento, o volante já treina ao lado do grupo com bola.
A importância do Coringa é tão grande que o elenco o homenageou algumas vezes. Cebolinha fez o famoso “vapo”, Arrascaeta dedicou a Taça Guanabara a ele e o Flamengo enviou a medalha com uma camisa no hospital quando o atleta estava internado na conquista do primeiro turno do Carioca.
“Deixo claro que foi um momento difícil que eu passei, mas prometi que só vou me aprofundar no assunto quando voltar a jogar. É importante receber o apoio que recebi. Para mim, foi emocionante receber a medalha no hospital e depois ver o vídeo do Arrascaeta dedicando o título para mim. É gratificante. Ainda tenho uma caminhadinha para sofrer, os caras estão me matando no físico, mas vai valer a pena. Estou me preparando para voltar mais forte do que antes.”
Agora mais próximo do retorno, Gerson esteve no campo para celebrar a conquista. Um dos últimos a deixar o gramado do Maracanã, foi o jogador que mais deu entrevistas. Fez questão de enaltecer o clube que o abraçou três vezes: na chegada em 2019, no retorno em 2023 e agora no processo de recuperação.
“Tenho a bênção de jogar no meu time do coração, não tem coisa melhor. Tenho que me dedicar ao máximo pela oportunidade de ser privilegiado de estar no Flamengo, na elite. Se eu não cuidar do meu corpo, outras pessoas não podem fazer isso por mim. A vontade é voltar, mas tenho que entender que passei por um momento difícil. Me cuidei e vou continuar para retornar o mais rapidamente possível.”
O prazo inicial de retorno era entre o final de abril e o começo de março, mas isso pode ser adiantado. A volta depende somente do recondicionamento físico de Gerson, que trabalha forte diariamente no caminho do retorno. O volante deseja para ele o mesmo que pensa para o ano do clube: prosperidade.
“O grupo que a diretoria montou para esse ano é muito forte, unido, muitas pessoas boas. Sei que os adversários também saem todos os dias para trabalhar, assim como nós, mas no futebol alguém tem que vencer e eu espero que seja sempre a gente.”
Redação / Folhapress