RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O Flamengo vai precisar recalcular sua rota no mercado da bola depois das lesões de Everton Cebolinha e Matias Viña, que ficam fora da temporada. Ainda sem contratações, o clube admite ir atrás de jogadores para os setores e pode precisar fazer um mercado mais robusto do que era previsto. Mesmo assim, não pode perder de vista as metas orçamentárias com as vendas.
O QUE ACONTECEU
As prioridades do Flamengo no mercado podem mudar. Depois de perder Cebolinha e Viña, o clube precisou se reunir para recalcular rota e repensar o foco na janela de transferências.
O clube tinha atletas de meio-campo como principal alvo. Marcos Antônio, Claudinho e Paquetá foram os nomes procurados até o momento. Um ponta também estava em observação desde o início do ano.
O Flamengo pode precisar repensar vendas ou até mudar o direcionamento do dinheiro a ser investido. A expectativa inicial era que essa janela fosse apenas de ajustes e mais discreta. Apesar de propostas com valores altos, o clube não pretendia gastar o mesmo montante do início do ano.
VENDAS PRECISAM ACONTECER
O Flamengo teve cinco vendas em 2024. Thiago Maia (Internacional) rendeu R$ 23,8 milhões, Santos (Fortaleza) R$ 4,850 milhões, Matheuzinho (Corinthians) R$ 21,8 milhões e André Luiz (Estrela da Amadora) deu R$ 2,7 milhões. Esses foram os valores já divulgados em balanço. Werton completa a lista em venda de R$ 5,8 milhões que ainda não foi lançada nesse balancete.
Nenhuma dessas receitas foi computadas até o momento. O clube apenas afirmou nesses primeiros seis meses do ano que elas ocorreram. Os valores não entram nos R$ 395 milhões gerados pelo futebol até 30 de junho.
O total está na casa dos R$ 59 milhões. O orçamento aprovado para 2024 prevê R$ 114 milhões em vendas de atletas.
No momento, o Flamengo tem duas boas propostas na mesa. Uma da Atalanta pelo lateral-direito Wesley de 15 milhões de euros fixos (R$ 90,88 milhões) mais 5 milhões de euros (R$ 30,29 milhões) em bônus e outra do Rennes pelo zagueiro Fabrício Bruno de 14 milhões de euros (R$ 85,7 milhões), sendo 12,5 milhões de euros fixos e mais 1,5 milhão de euros de bônus.
A primeira por Fabrício foi recusada, mas o clube não fecha as portas. Agora aguarda uma nova oferta de 15 milhões de euros (R$ 91,8 milhões).
Os dois altos valores foram vistos de maneira positiva pelo Fla. A possibilidade de ficar sem os dois atletas, além dos lesionados e das necessidades que já eram vistas antes, porém, podem fazer a cúpula repensar.
A meta é maior do que a de 2023. No ano passado, esse número era de R$ 61 milhões. Apenas a venda de João Gomes representou R$ 103 milhões, batendo o previsto com sobras. O Fla fechou em R$ 294,3 milhões em venda de direitos, mais R$ 9,1 milhões com empréstimo e mecanismo de solidariedade. Ou seja, R$ 303,4 em transferência de atletas.
IGOR SIQUEIRA E LUIZA SÁ / Folhapress