Fluminense vence Internacional de virada e vai à final da Libertadores após 15 anos

Cano comemora gol contra Internacional |Foto: Marcelo Gonçalves/FFC

O Fluminense está na final da Libertadores com uma virada histórica. O clube tricolor venceu o Inter por 2 a 1,nesta quarta-feira (4), no Beira-Rio, em Porto Alegre (RS), e avançou com 4 a 3 no placar agregado.

John Kennedy e Cano fizeram os gols da classificação, aos 36′ e aos 42′ do segundo tempo. Mercado fez o gol do time da casa, aos dez da etapa inicial.

Valencia perdeu duas chances sozinho no segundo tempo, quando o placar ainda estava 1 a 0 para o Colorado.

O Fluminense segue vivo no sonho do título inédito. A equipe retorna à final após 15 anos e busca seu primeiro título da Libertadores.

A grande final será disputada em 4 de novembro, no Maracanã. O adversário será o vencedor do duelo entre Palmeiras e Boca, que será definido nesta quinta-feira (5) -o jogo de ida, na Argentina, terminou empatado por 0 a 0.

As duas equipes voltam a campo no domingo (8) e têm clássicos pela frente no Brasileiro. O Fluminense recebe o Botafogo, e o Inter encara o Grêmio —ambos os jogos começam às 16h (de Brasília).

HERÓI SAI DO BANCO E COMANDA VIRADA

O Inter assumiu as rédeas da partida no início. Empurrados pelos mais de 50 mil torcedores no Beira-Rio, os donos da casa marcaram alto, forçando erros na saída de bola e sem deixar o adversário passar do meio de campo —no estilo característico de Coudet.

O Fluminense tentou acalmar o ritmo, mas levou um gol cedo após tropeço em bola parada. Fábio esbarrou em Nino ao sair em cobrança de escanteio, foi ao chão e o gol ficou escancarado para Mercado inaugurar o placar. A estratégia da pressão deu certo, mesmo que por vias tortas.

Os visitantes passaram a controlar a posse, e o Inter respondia em contra-ataques. O clube tricolor das Laranjeiras girava a bola, buscando por brechas no bloqueio colorado, enquanto os mandantes recuaram e apostavam na velocidade. O Fluminense, no entanto, não levou perigo de fato.

Diniz mudou no intervalo e o time voltou com outra postura para o segundo tempo. A equipe ficou mais ofensiva com as mudanças, com Marcelo flutuando pelo meio de campo, mas também passou a ceder mais espaços.

Valencia perdeu duas chances de ampliar, e a estrela de John Kennedy brilhou. O atacante saiu do banco, marcou o primeiro gol e deu o toque para Cano decretar a virada em seis minutos mágicos em plena casa do adversário.

FESTA FRUSTRADA NO BEIRA-RIO

Colorados fizeram uma grande festa nos arredores do Beira-Rio antes de a bola rolar. Os torcedores organizaram a ‘Ruas de fogo’ com sinalizadores para receber os jogadores e elevaram a atmosfera para a partida.

Os sinalizadores, entretanto, também estiveram presentes dentro do estádio. Um artefato atingiu uma ambulância e criou um princípio de incêndio, enquanto o sistema de som insistia diversas vezes contra a pirotecnia para o clube não ser punido.

O clima de tensão tomou conta do Beira-Rio na reta final. Os torcedores se mostravam apreensivos, mesmo com o 1 a 0 de vantagem, e terminaram frustrados com a virada.

INTER

Rochet; Hugo Mallo, Vitão, Gabriel Mercado e Renê; Johnny (Luiz Adriano), Charles Aránguiz (Bruno Henrique), Mauricio (Carlos de Pena), Alan Patrick e Wanderson (Lucca); Enner Valencia. Técnico: Eduardo Coudet

FLUMINENSE

Fábio; Guga (Yony González), Nino, Felipe Melo (John Kennedy) e Marcelo; Alexsander (Martinelli), André, Ganso (Lima), Arias e Keno (Marlon); Cano. Técnico: Fernando Diniz

Estádio: Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)

Público: 50.002

Renda: R$ 1.439.508,00

Árbitro: Jesús Valenzuela (Venezuela)

Assistentes: Jorge Urrego e Tulio Moreno (Ambos da Venezuela)

VAR: Juan Soto (Venezuela)

Amarelos: Martinelli (FLU)

Gols: Mercado (INT), aos 10’/1ºT; Jhon Kennedy (FLI), aos 36′, e Cano (FLU), aos 42’/2ºT

ANDRÉ MARTINS E MARINHO SALDANHA / Folhapress

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