RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O folião sem fome não quer guerra com ninguém. No meio do bloco Pérola da Guanabara, na Ilha de Paquetá, Rio de Janeiro, tinha um folião almoçando. Em pé, marmita em punho, Thiago Devesa, engenheiro químico, fazia sua refeição na roda de amigos.
“Sempre trago pra todos os blocos, duas marmitas, porque eu fico o dia inteiro na rua e fico muito estressado com fome”, conta ele ao à reportagem.
Ele saiu de Niterói com um grupo de seis amigos e amigas. Pegaram duas barcas e quase duas horas depois aportaram na Ilha de Paquetá. E ele garante que não atrapalha o grupo em nada.
“Todo mundo que conhece já sabe. De muitos outros carnavais. Como andando, onde der, não atrapalho ninguém, é mais prático. No carnaval é muito difícil conseguir comprar comida”, explica ele.
A ideia de levar a marmita a tira colo é um jeito de Thiago não perder nada dos blocos do Carnaval do Rio. O engenheiro conta que a produção das comidas é dele mesmo e começa na véspera dos blocos que ele vai curtir.
“Eu mesmo que preparo, no dia anterior. Para acordar cedo e já sair. Curto mais blocos de manhã, mas fico o dia inteiro até de noite, na rua”, conta.
E ainda, segundo o engenheiro, comer durante o bloco, evita aquela “bad” quando vai beber uma cerveja ou drink. “Isso é bom porque dá uma aliviada. Para meu não passar mal. É importante”.
THIAGO CAMARA / Folhapress