Foliões passam mal com calor no Rio, e Ludmilla encerra bloco mais cedo; vídeo

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A cantora Ludmilla encerrou o bloco O Fervo da Lud uma hora mais cedo nesta terça-feira (13), na av. Primeiro de Março, no Rio de Janeiro. O calor excessivo fez foliões passarem mal. “O clima a gente não consegue controlar”, desabafou a cantora.

Membros da Guarda Municipal e da produção da Ludmilla afirmam que cantora e sua equipe tomaram a decisão após ver muitos foliões desmaiando abaixo do trio elétrico.

No local do show há poucas áreas de sombra. Na tenda médica, pessoas foram vistas sendo carregadas.

Às 12h, a temperatura era de 37,2°C na estação meteorológica do Inmet localizada na Marambaia, na zona oeste do Rio.

Os meteorologistas já previam que o calor fosse se intensificar durante o período de folia na capital fluminense.

Segundo a Climatempo, as temperaturas vão bater acima da média para esta época do ano na Região Metropolitana do Rio.

A máxima nesta terça de Carnaval é de 41° C. De acordo com a previsão, o tempo poderá mudar ao final do dia, mas ainda não há previsão de chuva para hoje.

Do Ceará, Kessia Mara, 30, Nayana Figueiredo, 31, e Thiago Santos, 29, descrevem que o calor está insuportável. “Ficamos na sombra”, explica Kessia.

Para eles, a distância do trio elétrico foi essencial para sobreviver sem desmaiar. Eles relatam terem visto muitas pessoas passando mal ao redor.

“Tentamos chegar perto do bloco, mas não deu. Tava quente demais, muita gente. Quase passamos mal”, conta Thiago.

Um casal de adolescentes que assistia ao show sofreu com o calor e concordou com a atitude da cantora. Eles acreditam que a repercussão da tragédia na apresentação da cantora americana Taylor Swift, também no Rio, em 2023, pode ter afetado a decisão da cantora.

Na ocasião, a fã Ana Clara Benevides morreu de exaustão térmica causada pelo calor.

Carlos Igor Neves, 23, da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, diz que também viu muita gente desmaiando por causa do calor durante a apresentação de Ludmilla. Porém, elogiou o atendimento médico. “Vimos o atendimento muito rápido, exemplar.”

CALOR TAMBÉM ENCERROU BLOCO DA PABLLO EM SP

Em São Paulo, o bloco da cantora Pabllo Vittar, que lotou o complexo montado em frente ao parque Ibirapuera, na zona sul, terminou mais cedo na tarde deste domingo (11) por causa do calor excessivo, que fez foliões passarem mal.

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo afirmou que foram instalados 20 postos de atendimento ao longo dos trajetos fixos megablocos e que, neste domingo até as 15h, 150 pessoas foram atendidas.

Nos postos próximos ao Ibirapuera (Monumento das Bandeiras, Obelisco e portão 9), foram 45 atendimentos.

Em 2023, o bloco de Pabllo Vittar na região do Ibirapuera também foi encerrado cerca de uma hora antes do previsto. No Carnaval passado, porém, a decisão foi tomada por questões de segurança. Os organizadores entenderam que havia excesso de público no local.

BANHO DE MANGUEIRA, ÁGUA GRÁTIS E LEQUES AJUDAM FOLIÕES

Na tentativa de baixar a sensação térmica, foliões têm recorrido a uma série de estratégias, como receber banho de mangueira de vizinhos solidários, além de inserir o leque como item obrigatório no kit sobrevivência.

Muitas prefeituras fizeram distribuição gratuita de água. No Rio, a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro) montou três pontos com caminhões-pipa, nos bairros da Glória, Botafogo e no centro. A água é distribuída em copos descartáveis biodegradáveis.

Em São Paulo, no complexo de megablocos do parque Ibirapuera, na zona sul, a Sabesp também estacionou um caminhão-pipa para distribuir água aos foliões.

Na República, no centro de São Paulo, a prefeitura montou uma tenda para distribuir copos de água aos participantes, que buscavam sombra debaixo das árvores e improvisavam leques para se refrescar. Eram mais de 200 caixas, cada uma com 48 copos em temperatura ambiente. Os terceirizados também andavam entre o público oferecendo gratuitamente.

Em Olinda, arminhas de brinquedo que atiram água viraram moda entre foliões.

MATHEUS DE MOURA E ALÉXIA SOUSA / Folhapress

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