PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) – “Foi uma experiência”, disse João Fonseca, sobre a derrota para o britânico Jack Draper na terceira rodada do Torneio de Roland Garros. O brasileiro disse que reveria a partida -uma derrota por 3 sets a 0, com clara dominância do adversário- para observar o que poderia ter feito melhor.
“Eu poderia ter sido mais paciente e tentado fazer algo diferente. Mas, como eu disse, foi difícil para mim encontrar o caminho. Isso foi o que eu aprendi”, afirmou o carioca de 18 anos.
Agora, Fonseca parte para a temporada de grama, que culmina no Torneio de Wimbledon, na Inglaterra, no final de junho. Ele está inscrito nos torneios preparatórios nesse tipo de piso, como o de Halle, na Alemanha.
“Minha cabeça está muito boa, feliz com a semana que eu tive. Acabou agora a gira [temporada] do saibro, vou partir para a grama. É uma experiência nova, não vou dizer que gosto, porque não joguei tantas vezes, mas acho divertido, então vai ser mais uma experiência maneira”, previu.
O desempenho em Roland Garros deve levá-lo da 65ª para a 56ª ou 57ª posição no ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), de longe a melhor colocação em sua faixa de idade.
Segundo Fonseca, seu objetivo pessoal é chegar ao Aberto da Austrália, em janeiro do ano que vem, como um dos 32 cabeças de chave, o que significa ganhar pelo menos mais 20 posições no ranking.
“Eu quero jogar os grandes torneios. Agora, no meu ranking, não posso jogar, mas quero jogar a chave principal dos ATP 500, talvez o top 40, algo assim. Talvez, no fim do ano, ser cabeça de chave na Austrália. Sei que precisamos de tempo, precisamos de semanas, de resultados, mas é o meu objetivo pessoal, e é o que eu penso. Estou melhorando e aprendendo, então não me sinto mal sobre a derrota [para Draper]”, afirmou.
O brasileiro disse que estava bem fisicamente, apesar de ter pedido atendimento no terceiro set, por aparentes dores no ombro direito. “Não foi nada a ver com o físico”, disse sobre as constantes bolas curtas que valeram pontos a Draper durante o jogo.
ANDRÉ FONTENELLE / Folhapress
