Formigas tanajuras mortas em praia do Espírito Santo chamam atenção de banhistas

MACEIÓ, AL (FOLHAPRESS) – O aparecimento de uma grande quantidade de formigas tanajura mortas na praia da Barra do Sahy, em Aracruz (a 79 km de Vitória), no Espírito Santo, chamou a atenção de banhistas. Vídeos publicados na terça-feira (15) mostram milhares insetos mortos na areia.

O evento, segundo a bióloga Priscilla Nobres, da Semam (Secretaria de Meio Ambiente de Aracruz), é usual nesta época do ano, uma vez que é a época de reprodução dos animais. Por conta disso, a maioria dos insetos encontrados na areia são machos, que morrem após a cópula devido a fome e exaustão.

O que chamou a atenção, acrescenta Nobres, foi a quantidade, que supera a encontrada em anos anteriores. Nesta quinta-feira (17), porém, a maré já havia retirado a maior parte das formigas da areia.

“Aqui não foi o único lugar que aconteceu. A quantidade, sim, é um indício de desequilíbrio”, afirma Nobres, que ressalta que a causa só pode ser compreendida se houver um estudo específico e que não há motivo para preocupação entre os banhistas.

“Como são formigas e têm comportamento de colônia, todas fazem tudo ao mesmo tempo, no mesmo período. Quando uma está revoando, as outras também estão”, explica.

O empresário Fabio Ritis, dono da página @barradosahyaracruz no Instagram, diz ter recebido vídeos de diversos turistas espantados com o evento.

“De tempos em tempos, nesse período de calor e chuva, elas aparecem nas casas também”, conta ele, que trata o evento como normal.

A Prefeitura de Aracruz reitera que a tanajura é comum no município e que a comunidade local tem a cultura de fazer a farofa de tanajura, um dos pratos mais conhecidos na região.

Recentemente, a praia também tem enfrentado uma aparição de caravelas, em razão da entrada de uma corrente quente no mar, segundo explica Nobres. Cerca de dez animais foram encontrados na região, alguns já mortos.

Os banhistas devem ter cuidado ao tomar banho de mar, para evitar queimaduras. O reestabelecimento da corrente fria da região, porém, deve devolver as caravelas ao seu habitat, diz Nobre, ou provocar a sua morte, já que não estão acostumadas a essa condição.

JOSUÉ SEIXAS / Folhapress

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