SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em meio à onda de calor que atinge o oeste e o centro do país, uma frente fria se propaga com fraca intensidade pelo litoral paulista nesta quinta-feira (25), o que causa maior nebulosidade e rajadas moderadas de vento ao longo do dia na Grande São Paulo.
Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) da Prefeitura de São Paulo, o sol aparece entre nuvens de manhã, com temperatura mínima de 19°C, e favorece a gradativa elevação das temperaturas, atingindo a máxima de 26°C à tarde.
Com muitas nuvens e a sensação de abafamento, há condição para chuvas principalmente entre o final da tarde e o decorrer da noite. No entanto, segundo o CGE, as precipitações devem ser fracas e isoladas, o que não deve diminuir a sensação térmica.
Este, no entanto, deve ser o único dia com chuva na capital até pelo menos a primeira semana de maio. A partir de sexta-feira (26), o tempo voltará a ficar mais aberto, com aumento de nuvens à tarde, mas sem previsão de precipitação.
As temperaturas também voltam a subir, com a máxima chegando a 29°C na sexta, 32°C no sábado (27) e 33°C no domingo (28). O fim de semana também terá tempo aberto e seco. O problema vai ser a umidade relativa do ar, que voltará a cair.
Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), nos horários mais quentes do sábado a umidade pode chegar a 30% na região metropolitana de São Paulo. No dia seguinte, pode ser ainda pior, com 25%.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) estabelece que índices de umidade do ar inferiores a 60% não são adequados para a saúde humana.
Tire suas dúvidas sobre a umidade relativa do ar:
O QUE SIGNIFICA UMIDADE RELATIVA DO AR?
Em termos simplificados, é quanto de água na forma de vapor existe na atmosfera no momento em relação ao total máximo que poderia existir, na temperatura observada. A umidade do ar é mais baixa principalmente no final do inverno e início da primavera, no período da tarde, entre 12h e 16h.
A umidade fica mais alta sempre que chove, devido à evaporação que ocorre posteriormente, em áreas florestadas ou próximas aos rios ou represa, e quando a temperatura diminui, provocando o orvalho nas plantas.
PROBLEMAS DECORRENTES DA BAIXA UMIDADE DO AR:
Complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento de mucosas; Sangramento pelo nariz; Ressecamento da pele; Irritação dos olhos; Eletricidade estática nas pessoas e em equipamentos eletrônicos; Aumento do potencial de incêndios em pastagens e florestas.
CLASSIFICAÇÃO DOS ESTADOS DE CRITICIDADE:
Entre 21 e 30% – Estado de Atenção
Cuidados a serem tomados:
Evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 15h; Umidificar o ambiente por meio de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, molhamento de jardins etc.; Sempre que possível, permanecer em locais protegidos do sol, em áreas vegetadas etc.; Consumir água à vontade. Entre 12 e 20% – Estado de Alerta
Cuidados a serem tomados:
– Observar as recomendações do estado de atenção;
– Suprimir exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10h e 16h;
– Evitar aglomerações em ambientes fechados; Usar soro fisiológico para olhos e narinas. Abaixo de 12% – Estado de Emergência
Cuidados a serem tomados:
– Observar as recomendações para os estados de atenção e de alerta;
– Determinar a interrupção de qualquer atividade ao ar livre entre 10h e 16h, como aulas de educação física, coleta de lixo, entrega de correspondência etc.;
– Determinar a suspensão de atividades que exijam aglomerações de pessoas em recintos fechados como aulas, cinemas etc., entre 10h e 16h;
– Durante as tardes, manter com umidade os ambientes internos, principalmente quarto de crianças, hospitais etc.
Fonte: CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) da Prefeitura de São Paulo
CLAUDINEI QUEIROZ / Folhapress