G20 pelo Impacto une organizações por novo modelo econômico

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um movimento que nasceu na sociedade civil pretende levar para o G20, em novembro no Brasil, o debate sobre um novo modelo econômico. Mais de 30 organizações nacionais e internacionais formam o G20 pelo Impacto, coalização para acelerar uma economia mais inclusiva, equitativa e regenerativa.

Nesta sexta (9) acontece a primeira reunião da coalização com membros do governo federal —entre eles, Gustavo Westmann, assessor internacional da presidência e coordenador-geral do G20 Social, e Tatiana Berringer, responsável pelo diálogo com a sociedade civil e a trilha de finanças do G20.

“Percebemos que sociedade civil e atores de mercado estão dispersos e próximos de aceitar que não entregaremos a Agenda 2030 nem o Acordo de Paris”, diz Marcel Fukayama, cofundador da Din4mo, empresa B idealizadora da coalizão.

Ambos são tratados globais que buscam promover o desenvolvimento sustentável nos âmbitos social, ambiental e econômico, além de políticas como a redução de combustíveis fósseis.

“O G20 no Rio de Janeiro vai reunir 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e 70% das emissões de gases de efeito estufa, então é uma oportunidade de oferecer propostas concretas”, completa ele sobre o grupo que reúne países com as maiores economias do mundo mais União Europeia e União Africana.

Entre as metas da coalização, formada em meados de 2023, estão o fortalecimento de iniciativas que atuam pelo impacto positivo e de instrumentos financeiros que atuam nessa lógica e que a transição para uma nova economia entre no regime de gestão e acompanhamento do G20 na África do Sul.

“Precisamos redefinir o que é desenvolvimento sustentável, pois se for o padrão europeu ou americano, não tem planeta para isso”, diz Fukayama, que é membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da Presidência da República —o “Conselhão do Lula”.

Tanto o Conselhão quanto o Comitê da Enimpacto – Estratégia Nacional de Investimentos e Negócios de Impacto e a Iniciativa de Bioeconomia são espaços de articulação que ajudam a incidir no G20.

As organizações brasileiras que fazem parte da coalizão são Aliança pelo Impacto, Catalyst 2030 Brasil, Fundação Tide Setubal, Instituto Arapyaú, Instituto de Cidadania Empresarial, Instituto Clima e Sociedade, Instituto Itaúsa, Pacto Global, Rede Advocacy Colaborativo e Sistema B Brasil.

Entre os membros internacionais, African Venture Philanthropy Alliance, Asian Venture Philanthropy Network, Ashoka, Schwab Foundation e Skoll Foundation.

Para alcançar seus objetivos, o G20 pelo Impacto adotará abordagens táticas, como mobilização de atores, articulação através de comitês específicos, mapeamento de grupos de engajamento, produção de material técnico e envolvimento em diálogos estratégicos.

“Vamos usar o G20 como plataforma de influência e construção de capital social. O contexto é favorável e o Brasil é protagonista”, diz Fukayama.

GABRIELA CASEFF / Folhapress

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