APÚLIA, ITÁLIA (FOLHAPRESS) – Lá onde o cantor Justin Timberlake e a atriz Jessica Biel se casaram, onde Madonna festejou um aniversário e o ex-jogador David Beckham passou férias em família se reúnem, a partir desta quinta (13), os líderes dos sete países mais influentes do mundo.
Organizado pelo governo italiano, que detém a presidência rotativa do G7, o encontro da cúpula acontecerá no resort de luxo Borgo Egnazia, na cidade de Savelletri di Fasano, parte da província de Brindisi, na região da Puglia o começo do salto da bota que forma a península itálica.
Virado para o mar Adriático, o lugar é um complexo hoteleiro, inaugurado em 2010, que inclui quartos de até 125 metros quadrados, casas de 250 metros quadrados, com piscinas exclusivas, e uma mansão de sete quartos em 500 metros quadrados. Uma cotação de preço feita no site para uma noite na semana que vem mostra como valor mais barato 1.380 euros (R$ 8.055) para uma pessoa.
Além de restaurantes e bares, o espaço, premiado como um dos 50 melhores hotéis do mundo, tem sete campos esportivos, piscinas variadas, campo de golfe e spa. A arquitetura é inspirada em construções típicas da região, com uso de pedra calcária branca. Poderia ser tranquilamente cenário da próxima temporada da série “White Lotus”.
O lugar teria sido escolhido diretamente pela primeira-ministra Giorgia Meloni, que passou parte das férias nessa área no ano passado. Ali, ela vai hospedar Joe Biden (EUA), Emmanuel Macron (França), Olaf Scholz (Alemanha), Rishi Sunak (Reino Unido), Fumio Kishida (Japão) e Justin Trudeau (Canadá).
Além deles, foram convidados o papa Francisco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por ocupar a presidência rotativa do G20, e os líderes Narendra Modi (Índia) e Recep Tayyip Erdogan (Turquia). Participam ainda os presidentes das instituições europeias, Ursula Von der Leyen e Charles Michel.
O brasileiro não ficará hospedado dentro do resort. Ele participa nesta sexta (14) do encontro que será realizado ali, na categoria dos países convidados, mas seu hotel fica a cerca de 30 km de distância.
Inserido em uma área natural, marcada por oliveiras, o resort, além de escolhido para impressionar os participantes da cúpula, funciona como um escudo antijornalistas. Por causa do evento, toda a área de Borgo Egnazia foi declarada “zona vermelha” e blindada pelas autoridades italianas.
Não é possível se aproximar com meios de transporte próprios ou públicos, e o centro de imprensa, que recebe mais mil de jornalistas do mundo todo, foi montado pelo governo italiano na cidade de Bari, a cerca de 70 km do resort.
MICHELE OLIVEIRA / Folhapress