Gaby Amarantos, no C6, cutuca Rock in Rio por falta de artistas do Norte

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O sol já começava a ir embora perto das 17h, quando Jaloo cantava “Pa Parará”, uma ode ao tecnobrega e aos graves das aparelhagens paraenses, no parque do Ibirapuera, em São Paulo. Ao lado de Gaby Amarantos, ela é uma das atrações do C6 Fest, que começou na sexta (17) e vai até domingo (19), com Pavement e Black Pumas entre as principais atrações.

Jaloo se apresentou no palco Metlife, uma tenda montada nas imediações do Museu Afro. A exemplo do ano passado, o C6 montou uma estrutura com quatro espaços de shows diferentes espalhados pelo Ibirapuera –as partes interna e externa do auditório e o Pavilhão da Cultura Brasileira, além da tenda.

Se no ano passado, a tenda era inteiramente fechada, agora ela foi aberta nas laterais, aproveitando a brisa e a visão do verde do parque. A caminhada até o auditório, onde acontecem os shows principais, somada aos horários encavalados das apresentações, pode dificultar a vida de quem não quer perder nada.

Em sua segunda edição, o C6 iniciou com apresentações de jazz na área interna do auditório, na sexta. O fim de semana concentra os shows de rock, pop, R&B, rap e folk nas áreas externas, e domingo o festival volta à parte de dentro do auditório com jazz –o supergrupo Dinner Party é a principal atração do dia.

Jaloo cantou o sucesso “Chuva” já com a presença de Gaby Amarantos no palco. As duas dividiram os microfones na música, Amarantos teve problemas técnicos com o microfone, mas encantou a plateia, que cantou junto de volta, com seu vozeirão.

Antes de “Tchau”, parceria das artistas, Amarantos cutucou o Rock in Rio, que recentemente anunciou um megashow de celebração da música brasileira sem a presença de artistas da região Norte. “Se não tem o Norte, não dá para dizer que é um festival de música brasileira”, ela afirmou.

Jaloo se lembrou de que veio ao festival no passado para ver o Kraftwerk e as duas cantaram “Não Vou te Deixar”, hit de Amarantos na época do Tecno Show, banda que ela integrava no começo dos anos 2000. O álbum que leva o nome do grupo rendeu um Grammy Latino à cantora, que celebrou o prêmio no palco do C6.

Com uma plateia numerosa, ainda que espaçada e confortável na tenda, elas puxaram “Céu Azul”, quando o show batia 50 minutos de duração. Ainda houve tempo para um bis, a pedido da plateia, com “Ocitocina”, um pop futurista amazônico, no estilo Björk de Belém que é marca de Jaloo.

LUCAS BRÊDA / Folhapress

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