SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Bruna Muratori, a jovem que vive no Mc Donald’s do Leblon, na região sul do Rio de Janeiro, falou pela primeira vez sobre detalhes da moradia em participação no podcast Fala Guerreiro, na última quinta-feira (2).
O caso ganhou repercussão após reportagem da CBN. Na ocasião, a rádio conversou com funcionários da lanchonete e acompanhou mãe e filha, que são naturais do Rio Grande do Sul. Elas ocupam uma mesa do restaurante durante o dia com cinco malas grandes e ficam na calçada aguardando a loja abrir, das 5h às 10h.
Durante entrevista ao podcast, Bruna disse que se assustou com a repercussão sobre o caso. “Não era para ter acontecido isso, essa repercussão, essas matérias, histórias. A gente estava, simplesmente, resolvendo uma situação que não via como problema. É bem comum em outros países isso acontecer”, disse ela. Segundo a jovem, ela e a mãe estão vivendo no McDonald’s há, no máximo, 1 mês e uma semana, e não dois meses, como havia sido divulgado pela CBN.
Bruna explicou no podcast como é feita a higiene: “Ultimamente, estou tomando banho na casa de uma amiga. Tenho amizades. É melhor do que ficar pagando. A minha mãe também vai na casa dessa minha amiga ou na [casa] da amiga dela”.
Ela também detalhou sua rotina ao lado da mãe. “A gente cochila. Já ficamos lá em cima, mas as malas são muito pesadas para subir e a gente não fica pedindo para os meninos. Já teve gente que sentou ali e a gente esperou sair. É mais um ponto estratégico para não atrapalharmos o local de entrada e saída”.
Sobre a situação financeira, Bruna contou que trabalhava antes de precisar viver na lanchonete. “Eu estava trabalhando e tem meu pai que sempre ajudou financeiramente. Independente de qualquer coisa, ele sempre ajudou. Tem [o dinheiro] do meu trabalho. Sempre guardei dinheiro. Agora estou afastada. Eu pedi para me afastar por conta da minha situação. Cheguei a trabalhar estando ali, mas não dava certo, era cansativo”.
Perguntada pelo apresentador sobre como é viver no McDonald’s, Bruna não reclamou: “É maneiro, é bom… Come bem”. “Não é um problema. Virou um problema quando a matéria saiu. A gente vai resolver aqui… Talvez em umas semanas, mas resolver virar a página e acabou isso”, afirmou.
Redação / Folhapress