SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Ministério do Interior da Palestina afirmou nesta segunda-feira (16) que a Faixa de Gaza não recebe um litro de água potável há dez dias. Ontem, o governo de Israel anunciou ter retomado o abastecimento de água a uma parte do território, privado também de eletricidade, combustível e alimentos.
“A Faixa de Gaza está sofrendo uma crise severa de disponibilidade de água potável, nenhum litro de água foi bombeado para o território pelo décimo dia consecutivo”, disse o ministério palestino em comunicado. “Os cidadãos estão sendo forçados a beber água em condições inseguras, o que anuncia uma crise de saúde”.
Governo israelense disse ter retomado a distribuição de água para parte sul da Faixa de Gaza. “Essa ação vai resultar no deslocamento da população civil para o sul da Faixa de Gaza e vai permitir reforçar o cerco geral, tornando mais fácil para as Forças de Defesa de Israel operarem e destruírem a infraestrutura do Hamas”, escreveu o ministro da Energia israelense, Israel Katz, nas redes sociais.
ONU alertou que 2 milhões de pessoas estão sem água potável na região. “As pessoas agora são forçadas a usar água suja de poços, aumentando os riscos de doenças transmitidas pela água. Gaza também está sob um apagão de eletricidade desde 11 de outubro, o que afeta o abastecimento”, disse a entidade em comunicado no final de semana.
Diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde) disse que situação pode ser “mortal” para populações vulneráveis e o surgimento de doenças.
Gaza não tem sacos para cadáveres suficientes, segundo relatório da UNRWA, agência da ONU para refugiados palestinos. Nos últimos nove dias, 2.329 pessoas foram mortas na região.
Israel conta 1.300 vítimas do ataque terrorista do Hamas no último dia 7, e milhares de feridos.
Redação / Folhapress