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Gestão Tarcísio cobra participação do governo Lula em ajudar moradores do Moinho

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) criticou nesta terça-feira (22) a ausência de apoio do governo Lula (PT) na oferta de habitação para moradores da favela do Moinho, na região central de São Paulo. O estado tenta remover as cerca de 800 famílias que vivem na comunidade instalada em um terreno que pertence à União.

Após a remoção da comunidade, o governo paulista prevê a instalação de um parque e uma nova estação de trem para atender o bairro Bom Retiro. Para isso, a gestão discute com a União a cessão gratuita da área para o estado.

Na semana passada a SPU (Secretaria de Patrimônio da União) emitiu uma nota técnica na qual diz que não aceita a demolição das casas até o fim das negociações. Além disso, pede ao estado que melhore suas ofertas quanto aos valores de auxílio moradia e de crédito.

O secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Cardinale Branco, afirmou que a demolição ou ao menos a descaracterização das casas, com as retiradas de telhados e portas, é necessária para evitar que os imóveis sejam reocupados. Ele criticou a posição da União sobre o tema.

“Eu gostaria muito de que a União, que é dona do terreno, garantisse que não vai ter nenhuma reinvasão”, diz. “A União, que de toda forma, se manteve longe disso, não quer garantir coisa nenhuma.”

“Será que a União está satisfeita com a destinação dada a esse imóvel? Criar uma favela?”, questiona Branco.

Também em tom de cobrança, o vice-governador Felicio Ramuth disse que a população sai perdendo com desentendimento entre os governos federal e estadual sobre o projeto de reassentamento.

“Quando há briga entre entes da Federação, quem perde é a sociedade, é a população. E o que a gente quer é o contrário. Se a SPU quiser contribuir, complementando valores, aumentando o valor do aluguel social, já que a prefeitura está entrando com uma parte, o estado está entrando com uma parte, se o governo federal quiser complementar, será muito bem-vindo”, disse o vice-governador.

Ramuth e Branco falaram com jornalistas no início da tarde, após um tumultuado início de operação para a mudança de uma dezena de famílias que aceitaram sair da favela.

CLAYTON CASTELANI / Folhapress

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