SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A versão brasileira de “Priscilla, a Rainha do Deserto”, adaptação da Broadway para o clássico queer do cinema, tem Reynaldo Gianecchini como Ticke, em cartaz em São Paulo.
O ator, no entanto, conta que descobriu uma doença autoimune durante os ensaios da peça. Por isso, precisou se ausentar por alguns dias porque não conseguia mais se equilibrar. Posteriormente, descobriu estar com síndrome de Guillain-Barré.
“Desenvolvi uma doença autoimune durante os ensaios que foi me paralisando as mãos, as pernas. Começou a formigar tudo, achei que era psicológico, meu nervosismo, pânico, mas eu nunca tive pânico”, disse ele em participação no podcast Pod Delas.
A síndrome é uma condição neurológica na qual as células do sistema imunológico do paciente atacam o sistema nervoso periférico, dificultando a transmissão de sinais entre o cérebro, a medula espinhal e os músculos. Isso provoca uma inflamação nos nervos, que evolui para sensações de dormência, formigamento e fraqueza muscular, até atingir a paralisia dos membros.
Gianecchini afirma que só fui ao médico quando não conseguiu levantar da cama certa manhã para ir ao ensaio.
“Já estava caindo nos ensaios, sem equilíbrio. Fui ao neurologista, ele me internou e comecei tratamento. Falei ‘preciso ficar pronto amanhã’ e o médico falou que o meu corpo ainda ia precisar aprender a andar de novo. Eu ia aos ensaios, mas ficava só vendo. Hoje danço com um salto de 15 centímetros.”
O ator ainda falou que estava ansioso por conta das críticas que recebeu após o anúncio da escalação de seu nome. “As pessoas me criticaram sem nem ver o meu trabalho.”
Redação / Folhapress