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Goleiro que será indenizado pela Globo sumiu após frango e está sem clube

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O goleiro Alexandre Cajuru receberá R$ 30 mil de indenização da Rede Globo por ter uma falha reprisada sistematicamente na programação do Sportv, em 2020, quando defendia o CSA. O jogador ficou anos “esquecido” após o erro e está atualmente sem clube mais uma vez.

QUEM É O GOLEIRO?

Alexandre Rosa Paschoalato é filho do ex-goleiro Celso Paschoalato, conhecido como Celso Cajuru. Seu pai teve passagem marcante pelo Botafogo-SP e Paraná.

Cajuru é apelido e homenageia a cidade paulista onde a família morou por um longo tempo. O município fica próximo de Ribeirão Preto.

Alexandre foi formado na base do Athletico-PR. Ele teve em 2013 teve sua primeira chance no profissional, em um amistoso contra a Espanha, mas não foi aproveitado pelo time principal naquela ocasião.

O goleiro foi emprestado ao Ferroviária e ao Guaratinguetá antes de se juntar ao CSA, em 2017. No entanto, ele não conquistou a posição debaixo das traves e era reserva.

Cajuru não voltou a atuar pelo clube alagoano após o frango no jogo contra o Sport e foi vendido no ano seguinte. O jogador só disputou duas partidas pelo time em 2020. A primeira havia sido no duelo anterior ao da falha. Ele pouco jogou pelo CSA, mas foi campeão da Série C (2017) e bi-campeão Alagoano (2018 e 2019).

Alexandre atuou pelo Jacuipense em 2021, mas só participou de um confronto antes de ficar três anos sem entrar em campo. Ele foi negociado para o Anápolis em 2022, onde não permaneceu nem por um mês no time.

O goleiro, que ficou desempregado até 2024, está novamente sem time. Ele defendeu o Paranoá na temporada passada, atuando no Campeonato Brasiliense, mas deixou o time em dezembro.

Alexandre Cajuru tem 32 anos atualmente. Ele segue se identificando como atleta profissional de futebol nas redes sociais e compartilha memórias dos times em que atuou.

GLOBO TERÁ DE INDENIZAR GOLEIRO

A Rede Globo teve seu recurso recusado pela Justiça paulista e terá de pagar a quantia ao goleiro. Cabe novo recurso.

A emissora foi condenada no caso em outubro de 2023, mas recorreu da decisão afirmando que o cálculo feito sobre as inserções foi “fantasioso”.

O erro de Alexandre ocorreu durante uma partida da Série B do Campeonato Brasileiro em outubro de 2020. Cajuru atuava pelo CSA e tomou um gol ao não segurar uma bola fácil, que havia sido chutada por um atleta da Ponte Preta de longe.

“Cajuru, que é isso?”, disse o locutor na ocasião. O CSA acabou perdendo a partida por 2 x 1.

De acordo com a ação aberta pelo atleta, a emissora exibiu a imagem ao menos 4.800 vezes ao criar um vídeo sobre “os vacilos dos goleiros do Brasileirão”, com inserções antes das partidas, nos intervalos e após os jogos dos torneios das séries A e B.

“Como era de se esperar, [a exibição reiterada] trouxe sérios dissabores, em virtude da repercussão no meio do futebol onde o goleiro vive e trabalha”, afirmou à Justiça o advogado João de Araújo Júnior, que representa Cajuru.

“O que a emissora está fazendo com o ser humano extrapola todos os sensos comuns. Tais fatos destruíram a carreira de um jovem com muitos sonhos”, ressaltando que ele não conseguiu renovar seu contrato e passou.

O goleiro ainda afirmou no processo que já havia sofrido um grande abalo emocional em razão da falha, sentindo-se culpado. Mas achava que, com o tempo, os torcedores e os dirigentes se esqueceriam do ocorrido.

“A Globo, porém, com nítido cunho vexatório, não deixa a sociedade esquecer”, declarou o advogado no processo. A repetição sistemática, disse, gerou um novo trauma.

Redação / Folhapress

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