BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo autorizou o uso da Força Nacional de Segurança Pública no apoio ao policiamento ostensivo e preservação da ordem no Rio Grande do Sul, durante um período de 30 dias.
A medida tem o objetivo de reforçar a segurança, ordem pública e preservação das pessoas e do patrimônio no estado, que vive uma crescente de episódios de violência desde as enchentes que atingiram a região.
No início de maio, o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), pediu o apoio da Força Nacional ao Ministério da Justiça, e o seu efetivo no estado deve ultrapassar 400.
Leite também cancelou férias e licenças de policiais, liberou horas extras e convocou militares da reserva para ampliar o patrulhamento nas cidades arrasadas pelos alagamentos.
A operação terá o apoio logístico do órgão que fez o pedido, dando a infraestrutura complementar necessária à Força Nacional.
Na manhã desta quinta-feira (20), um policial foi morto durante confronto com criminosos em uma tentativa de assalto em Caxias do Sul, na serra gaúcha. O caso é mais uma das cenas de violência testemunhadas no estado desde a tragédia.
A cidade tem sido um ponto estratégico para o estado devido ao seu aeroporto, já que o Salgado Filho, em Porto Alegre, segue interditado.
Saques, assaltos, além de abusos sexuais, estão entre as denúncias registradas no período pós enchentes. Também em maio deste ano, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, disse ter ouvido, durante reunião com representantes do Conselho Estadual de Mulheres do RS, relatos de abusos contra meninas e mulheres nos abrigos que recebem os afetados pelas enchentes no estado.
A falta de estrutura causada pela destruição também impacta na dificuldade de realizar e formalizar denúncias.
Para lidar com a situação, além do reforço da Força Nacional, o governo federal também enviou agentes da Polícia Federal.
O contingente a ser disponibilizado obedecerá ao planejamento definido pela Diretoria da Força Nacional de Segurança Pública, da Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
MARIANA BRASIL / Folhapress