Governo Biden reforça ainda mais as restrições de asilo para imigrantes nos EUA

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo de Joe Biden, nos Estados Unidos, divulgou nesta segunda-feira (30) um endurecimento das regras de imigração nas fronteiras ao sul do país. As restrições aos pedidos de asilo ficarão ainda mais rígidas numa tentativa de Biden de mostrar ao eleitorado uma postura mais firme em relação aos imigrantes.

As atualizações das medidas anunciadas em junho devem passar a valer nesta terça-feira (1º). Desde o último anúncio, os migrantes só podem receber asilo americano quando as autoridades considerarem que a fronteira não está sobrecarregada.

O anúncio feito em junho estabelecia um teto de 2.500 travessias por dia; quando esse número era ultrapassado, as solicitações eram então bloqueadas e só poderiam ser retomadas quando as travessias ficassem limitadas a um patamar de 1.500 ao dia durante uma semana. A partir desta terça, no entanto, esse limite de 1.500 precisa ser mantido por 28 dias para que só então as restrições sejam suspensas.

A nova versão das regras divulgada nesta segunda ainda afirma que todas as crianças na travessia serão contabilizadas. Até então, somente as provenientes de México e Canadá entravam na estatística.

Segundo a agência de notícias Reuters, a vice-presidente e candidata democrata à Presidência dos EUA, Kamala Harris, teria apoiado uma restrição ainda mais difícil de ser derrubada. O governo Biden não aceitou. A imigração é uma das principais questões para os eleitores que, em novembro, deverão decidir entre Kamala ou Donald Trump, ex-presidente e candidato republicano abertamente conservador e linha-dura no tema.

Com as mudanças, fica ainda mais difícil que os imigrantes possam entrar legalmente nos EUA e solicitar asilo. Os ativistas pró-imigração já haviam se posicionado de maneira contrária às decisões em junho, já que elas minariam a garantia de proteções vitais aos migrantes.

O governo de Biden, no entanto, afirma que as restrições tiveram êxito em reduzir fortemente o número de pessoas que chegam à fronteira sul do país.

Redação / Folhapress

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