Governo de SP fará nova reforma no Palácio Campos Elíseos e adia transferência total de secretaria

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Governo de São Paulo fará uma nova reforma no Palácio Campos Elíseos, na região central da capital, e a transferência completa da equipe da Secretaria de Justiça e Cidadania para o prédio foi adiada. A previsão inicial era concluir a mudança até março. Agora, a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) espera concluir essa etapa até o fim deste ano.

A decisão foi tomada após as chuvas dos últimos meses resultarem em infiltrações no telhado do edifício histórico, que foi sede do governo paulista de 1911 a 1965. O Campos Elíseos passou por reformas, inclusive no telhado, entre os anos de 2008 e 2017.

Hoje, cerca de 60 servidores dão expediente no palácio, inclusive o secretário Fábio Prieto. O restante da equipe, que tem cerca de 200 funcionários, trabalha na antiga sede no Pateo do Collegio, também na região central paulistana.

A contratação das reformas está em fase de licitação. Serão necessárias adequações elétricas, hidráulicas e de climatização em áreas específicas do palácio.

O retorno de uma secretaria de governo ao Campos Elíseos —antes, o palácio abrigava o Museu das Favelas— foi um passo simbólico tomado pelo governo Tarcísio dentro do plano para construir um novo centro administrativo ao redor do parque Princesa Isabel.

O projeto para a região já tem uma proposta vitoriosa, selecionada num concurso de arquitetura coordenado pelo IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil), que prevê calçadões, áreas verdes e lojas acessíveis a pedestres para facilitar a integração dos novos edifícios ao entorno.

O cronograma para a construção do centro administrativo está mantido. A fase de audiências públicas tem previsão de início para este mês. A licitação que vai selecionar a empresa responsável por construir o complexo de edifícios —e, depois, administrar e explorar comercialmente o local— está prevista para a metade de 2025, segundo o governo estadual.

Estimativas preliminares apontam para um custo aproximado de R$ 3,9 bilhões, sendo R$ 415 milhões em desapropriações e R$ 3,5 bilhões com construções. O valor será pago pelo governo ao longo de 30 anos ao concessionário vencedor da licitação. Valores, prazos e até o número exato de prédios só serão confirmados após a definição do projeto.

A intenção é que o Palácio Campos Elíseos, além de abrigar a Secretaria de Justiça e Cidadania, seja também sede das reuniões de planejamento para o novo centro administrativo neste ano. O projeto está sob responsabilidade da Secretaria de Projetos Estratégicos, chefiada por Guilherme Afif Domingos.

Quando o centro administrativo for concluído, o palácio deve tornar-se um espaço cerimonial, destinado à recepção de autoridades de alto escalão e grandes cerimônias. Há planos para restaurar lustres, candelabros, cadeiras e outros objetos, replicando o apogeu dos Campos Elíseos.

Redação / Folhapress

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