RÁDIO AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio

Governo israelense autoriza operação para conquistar Gaza e deslocar civis

BELO HORIZONTE, MG (UOL/FOLHAPRESS) – O gabinete de segurança do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aprovou ontem uma nova ofensiva ampliada contra o grupo militante palestino Hamas, que inclui a “conquista” da Faixa de Gaza e a “movimentação” da população local para o sul.

Israel diz que objetivo é “derrotar o movimento islâmico”. Além disso, o país quer garantir o “retorno dos reféns” israelenses após mais de 19 meses de guerra e evitar que o Hamas assuma o controle do abastecimento no enclave, submetido a bloqueio desde 2 de março.

Membros do gabinete disseram que há “comida suficiente em Gaza”. O país poderá voltar a distribuir ajuda humanitária na Faixa de Gaza “se necessário”.

Autoridades informaram que o plano é gradual e levará meses. Esse cronograma poderia deixar a porta aberta para um cessar-fogo e negociações de libertação de reféns antes da visita do presidente dos EUA, Donald Trump, à região na próxima semana, segundo o ministro do gabinete de segurança, Zeev Elkin.

Israel iniciará operação se não houver acordo sobre reféns durante visita de Trump. “Se não houver acordo com reféns, a operação ‘Gideon Chariots’ começará com grande intensidade e não parará até que todos os seus objetivos sejam alcançados”, afirmou uma autoridade sênior de defesa israelense à Reuters.

Proposta inclui “conquista da Faixa de Gaza e a manutenção dos territórios”, segundo uma fonte ouvida pela AFP. Ela também afirmou que o plano prevê desferir “golpes poderosos ao Hamas”, sem especificar sua natureza.

Porta-voz do governo israelense disse que soldados da reserva estavam sendo convocados para expandir operações em Gaza, não tomá-la. Alguns deles foram ouvidos pela RFI e disseram estar prontos para a batalha, como o jovem Amira Souliem. “Temos que nos defender. Nossos vizinhos não são pessoas pacíficas”, afirmou.

Plano também prevê deslocamento da população civil de Gaza para o sul. Durante reunião do gabinete de segurança, Netanyahu disse que “continuará a promover o plano de Trump para permitir a saída voluntária dos habitantes de Gaza”. Em fevereiro, o presidente dos EUA sugeriu tomar conta do território e transformar a Faixa de Gaza na “Riviera do Oriente Médio”.

Israel retomou ofensiva em março, após colapso de um cessar-fogo apoiado pelos EUA, que havia interrompido os combates por dois meses. Desde então, o governo israelense impôs um bloqueio à entrada de ajuda no enclave. Isso gerou alertas das Nações Unidas e de organizações internacionais de que a população de 2,3 milhões de pessoas enfrenta fome iminente.

RAFAEL LEITE / Folhapress

COMPARTILHAR:

Mais do Colunista

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.