Governo paulista aumentará em 130% número de vagas no ensino técnico na Grande SP em 2025

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo anunciou nesta terça-feira (16) a ampliação do ensino técnico na rede estadual de ensino a partir de 2025. Segundo a pasta, atualmente são 1.393 escolas que ofertam o itinerário de ensino técnico no estado, número que deverá subir para 1.911 no ano que vem.

Neste ano, de acordo com a secretaria, 71,9 mil alunos estão matriculados nesse modelo, e o número pode crescer para 170 mil, o que seria um incremento de 136%. Essas matrículas previstas contemplam os estudantes que estarão na 2ª e 3ª séries do ensino médio, período dedicado aos aprofundamentos previstos no novo ensino médio.

Já nas 39 cidades da região metropolitana de São Paulo, atualmente são 32,5 mil alunos matriculados em 578 escolas do tipo. Número que deve subir para 74,7 mil vagas em 746 escolas no próximo ano, segundo a pasta, uma ampliação de 130%.

Também haverá ampliação no número de cidades que terão a oferta de ensino técnico na rede: das atuais 349 para uma perspectiva de estar em 463 municípios, um aumento de 32,6%. Em 2022, o técnico era oferecido a alunos de 161 cidades paulistas.

“Um relatório da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico] publicado no ano passado aponta que a educação profissional é essencial para o desenvolvimento do Brasil. Aqui em São Paulo, estamos caminhando para oferecer ao estado e ao país estudantes formados em áreas importantes para o desenvolvimento econômico e valorização desses mesmos alunos”, afirma o secretário da Educação, Renato Feder, em nota.

Para o próximo ano, serão ofertados os mesmos nove cursos da grade (administração, agronegócio, ciência de dados, desenvolvimento de sistemas, enfermagem, farmácia, hospedagem, logística e vendas), além das turmas com aulas nos centros do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e no Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial).

Segundo a secretaria, nas escolas estaduais, as aulas são ministradas por professores contratados pela Seduc-SP e em alguns casos por professores do Centro Paula Souza, nas cidades onde há Etecs (Escolas Técnicas Estaduais), ou da Fiec (Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura), escola técnica municipal de Indaiatuba que atende escolas e municípios das cidades da região.

“Hoje, os alunos que fazem o ensino técnico têm quatro, cinco pontos percentuais a mais de frequência escolar. Então, esses alunos vão mais para a escola, são mais frequentes, mais motivados e têm um desempenho melhor nas avaliações padronizadas da Secretaria da Educação, as avaliações da Prova Paulista, que são bimestrais. Então, esses alunos acabam se tornando alunos melhores. Eu entendo que isso é porque, com a educação profissional, a gente contextualiza a aplicação do conhecimento”, afirma o coordenador pedagógico da Educação, Daniel Barros, também em nota.

Redação / Folhapress

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