Grajaú, na zona sul, é o principal canteiro de obras em São Paulo, segundo Censo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Grajaú, distrito na zona sul de São Paulo, é o principal canteiro de obras na cidade, segundo registros do Censo. Os recenseadores registraram, em 2022, 4.996 endereços nessa situação. Em toda a cidade, eram 86.209 nessa classificação. A maioria dos locais são domicílios residenciais.

Se o Grajaú fosse um município, seria o 65º mais populoso do país, e tem a maior população da cidade entre seus pares: 384 mil moradores.

É seguido, na quantidade de endereços em construção ou reforma, por Jardim Ângela, que também estaria entre os maiores do Brasil, e Parelheiros, que têm, respectivamente, 4.152 e 3.873 endereços em obras, ambos na zona sul. Na sequência estão Iguatemi, na zona leste, com 2.235 e Jaraguá, com 2.313, na zona norte da cidade.

Os dados são de um um levantamento da reportagem com informações do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos divulgadas nesta sexta-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No Brasil há 3,5 milhões de endereços nessa situação.

Na capital paulista, a maioria dos endereços em construção ou reforma é residencial, com 60.687, cerca de 70%. Em seguida estão os 18.512 não determinados, mais os 5.961 não residenciais e outros 1.049 mistos.

Edificações só serão classificadas como construção ou reforma pelos agentes do IBGE se não houver moradores.

Para este levantamento foram considerados todos os endereços que possuíam algum dos quatro indicadores de construção ou reforma do IBGE e, posteriormente, identificou quais as finalidades desses imóveis.

Os dados, no entanto, não significam aumento de população, já que o distrito que mais cresceu entre 2010 e 2022, segundo o Censo, foi a Barra Funda, na zona oeste, cujo número de moradores mais que dobrou. No Grajaú, essa taxa ficou em 6,7%.

Mas o distrito, assim como outros na zona sul, inclusive o Jardim Ângela, é um dos que tem terrenos disponíveis para a expansão imobiliária na cidade, e muitas vezes forma extraoficial, com a ocupação desordenada de áreas verdes.

NATÁLIA SANTOS E LUCAS LACERDA / Folhapress

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