Grupo de sindicatos lança movimento para desconstruir mitos sobre serviço público

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Entidades sindicais lançam nesta terça (3) iniciativa com o objetivo de desconstruir mitos sobre o serviço público. O projeto, denominado MovE (Movimento Eficiência), terá atividades que vão desde cursos para servidores se tornarem defensores do Estado até estudos sobre a realidade do trabalho no funcionalismo.

O movimento foi idealizado por Victor Lins, auditor fiscal da Receita Estadual de São Paulo e secretário-geral da Afresp (Associação dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de São Paulo). Ele diz que o ponto de partida foi uma insatisfação geral que os servidores sentiam em relação a conceitos errôneos sobre trabalho no setor público.

Para Lins, cresceu o número de pessoas que acreditam que o Estado brasileiro está inchado, ou que uma grande parte dos profissionais públicos ganham supersalários.

O Brasil tem menos servidores do que Estados Unidos e alguns países da Europa, de acordo com levantamento do Instituto República.org, dedicado à gestão de pessoas pelo Estado. Os dados do República.org indicam também que 70% dos profissionais recebem até R$ 5.000.

“Hoje, há uma apatia do servidor em defender o Estado, mesmo sabendo da importância de seu trabalho, porque a imagem do setor é criticada há muito tempo”, diz Lins.

Ele afirma que a pandemia também escancarou a necessidade de ter um serviço público mais fortalecido, sobretudo devido ao trabalho do SUS (Sistema Único de Saúde).

Além do curso, o grupo planeja oferecer um prêmio voltado ao reconhecimento do trabalho dos servidores. Eles também vão investir em campanhas de comunicação voltadas a desmistificar histórias relacionadas ao setor.

Ainda não há um investimento previsto para a iniciativa, de acordo com Lins e a ideia é buscar patrocinadores.

O evento de lançamento do grupo ocorre nesta terça na sede da Associação dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de São Paulo, com a presença do ministro Márcio França, do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.

LUANY GALDEANO / Folhapress

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