OSASCO, SP (FOLHAPRESS) – Após quase duas horas de negociações, o guarda-civil municipal Henrique Marival de Sousa, que iniciou um tiroteio dentro da Prefeitura de Osasco, na Grande São Paulo, se entregou às 19h35 desta segunda-feira (6).
A Polícia Militar confirmou a morte do secretário-adjunto de segurança, Adilson Custódio Moreira, 53, que foi atingido pelos disparos.
De acordo com funcionários da prefeitura, o caso ocorreu após uma reunião de rotina da equipe de segurança da cidade. Estavam presentes líderes da GCM (Guarda Civil Metropolitana) e da equipe da segurança pública.
Segundo informações de membros da Polícia Civil, o atirador era guarda-civil da 1ª classe de Osasco desde 2015 e tinha desavenças com a vítima.
Ao fim da reunião, segundo relato de presentes, o secretário-adjunto teria convidado todos os interessados a conversar pessoalmente com ele. Henrique Marival teria sido o último a entrar na sala. A porta foi trancada e tiros foram ouvidos.
Henrique, segundo colegas, estaria descontente porque seria demovido do seu posto na prefeitura nesta segunda e alocado em outra função.
A gestão do prefeito Gerson Pessoa (Podemos), que não estava no prédio, disse que os corredores foram interditados para os trabalhos das polícias Civil, Militar e GCM, que cercaram o local. Os demais funcionários foram orientados a deixar a prefeitura.
A prefeitura também informou que os dois guardas ficaram trancados em uma das salas do Paço Municipal. Por volta das 18h20, oficiais do Gate (Grupo de Operações Táticas Especiais) chegaram ao local para negociar com o atirador, mas ele se recusou a abrir a porta da sala para a vítima ser socorrida.
Durante o processo de negociação, sua esposa foi chamada. Após quase duas horas, ele abriu a porta e se entregou. Adilson já estava morto, constatou o médico presente.
“A partir do momento que ele verificou uma certa confiança em poder se entregar, sem qualquer consequências, ele deixou a arma no local se se entregou. Só que, infelizmente, o médico adentrou e verificou que o secretário já estava morto há algum tempo, mesmo antes de qualquer ação da guarda civil, bem como das nossas equipes do Gate”, declarou o comandante da Tropa de Choque da PM, Valmor Racorti.
O atirador, que trabalhava na prefeitura, disse aos oficiais que explodiu durante a discussão.
Em nota à reportagem, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) lamentou a morte do secretário-adjunto de Osasco e informou que o atirador foi levado ao 5º DP da cidade.
“O autor do crime se entregou após negociações do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar. Ele será encaminhado ao 5º Distrito Policial da cidade, onde será ouvido e indiciado. Exames periciais foram solicitados e mais informações serão fornecidas após o registro do boletim de ocorrência.”
BRUNO LUCCA E CLAUDINEI QUEIROZ / Folhapress