SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Ainda no segundo semestre deste ano, o aeroporto de Guarulhos ganhará mais um terminal. Chamado de Terminal BTG Pactual, o espaço ficará logo após o terminal 3 e, apesar de ter os naming rights do banco, será aberto a todos os passageiros que embarcam, desembarcam ou que estejam em trânsito pelo aeroporto paulista.
O empreendimento, cuja construção começou no ano passado, segue o exemplo de outros grandes aeroportos pelo mundo, como Londres, Los Angeles e Frankfurt, que dispõem de terminais exclusivos para os passageiros que topam desembolsar um pouco a mais para, na prática, ter uma experiência de sala VIP durante toda a sua passagem pelo aeroporto.
Em Guarulhos, esse “um pouco a mais” não será tão pouco assim: a taxa de uso do terminal será de US$ 590 por passageiro, cerca de R$ 3 mil bem acima dos US$ 32 que as salas VIP costumam cobrar. O valor não inclui as taxas aeroportuárias, que seguem sendo cobradas normalmente pela companhia aérea no ato da emissão do bilhete.
O valor inclui acompanhamento de um concierge durante todo a jornada do passageiro pelo terminal, check-in, inspeção de segurança alfândega e imigração sem filas e transporte entre o terminal e o avião em um carro de luxo. Restaurantes de alta gastronomia, com serviço à la carte, além de salas de reunião, banheiros com chuveiro e, no futuro, até suítes também estão inclusos no valor do acesso.
Para utilizar o novo terminal, os passageiros devem fazer uma reserva com 72h de antecedência no site terminal.btgpactual.com; clientes com o cartão do banco terão 20% de desconto na tarifa e prioridade no agendamento, respeitando o prazo mínimo de antecedência. Por enquanto, é possível apenas se cadastrar no site para receber novidades sobre o projeto em primeira mão.
O novo terminal VIP do aeroporto de Guarulhos (que já tem um terminal VIP dedicado à aviação executiva)chega para atender a crescente demanda dos passageiros por experiências de viagem mais confortáveis. Companhias aéreas como a Emirates, por exemplo, tem diminuído suas classes econômicas para abrir espaço para cabines mais premium que, segundo as empresas, são um sucesso graças à indulgência dos passageiros no pós-pandemia.
Com as salas VIP dos aeroportos cada vez mais lotadas, a solução é criar um terminal inteiro dedicado aos VIPs, acirrando ainda mais a disputa dos bancos pelos clientes de alta renda.
GABRIEL JUSTO / Folhapress