SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Em grande fase pelo Atlético-MG, o meia Gustavo Scarpa quer voltar a ser chamado para defender a seleção brasileira. Em entrevista exclusiva ao UOL, o jogador de 30 anos, que ficou fora da última convocação, destacou seu plano para chamar a atenção do técnico Dorival Júnior.
Com 19 participações em gols na temporada (nove gols e dez assistências), Scarpa acredita que pode voltar a vestir a amarelinha e explicou a decisão de deixar o futebol europeu no final do ano passado para acertar com o Galo.
“Estava ciente dessa reformulação que está acontecendo na seleção e vi com bons olhos essa volta ao Brasil. Acho que uma oportunidade na seleção vai depender de como eu desempenhar. É um sonho que ainda tenho e enquanto for possível vou continuar trabalhando para que isso vire realidade”, afirma o jogador.
A passagem pelo futebol europeu passou longe do que Scarpa almejava. O meia atuou apenas 21 jogos durante 2023, somando passagens por Nottingham Forest e Olympiacos. Apesar disso, o jogador diz que realizou seu sonho e não mudaria a escolha.
“Vivo um momento importante na retomada da minha confiança, de um bom futebol. Realmente a passagem pela Europa foi muito longe do que eu imaginava, mas eu escolheria todas as vezes o que eu escolhi e faria de novo. Jogar a Premier League era um dos meus maiores sonhos e não me arrependo de forma alguma. Alguns sonhos a gente realiza, mas não da forma como a gente esperava e está tudo certo”, diz Scarpa.
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O QUE MAIS ELE DISSE
Deyverson
“Ele está se adaptando super bem, é um menino muito do bem, então todo mundo tem o recepcionado e já está entrosado. O fato dele ser extrovertido, engraçado, acaba facilitando na adaptação. Assim que eu fiquei sabendo que estava tudo certo (ida para o Galo), a gente conversou, trocamos algumas informações. Espero que ele nos ajude bastante assim como foi no Palmeiras”.
Posicionamento em campo com Milito
“Não sou um ponta de origem e também não é a primeira vez que tenho atuado como ponta direita. Acho que estou me adaptando cada vez mais nessa posição, a forma como o Milito monta a equipe tem um estilo de jogo com mais posse de bola acaba facilitando, claro que, como todos os jogadores, tem a responsabilidade defensiva, mas o fato do nosso time ficar mais com a bola ajuda na adaptação à posição que não é a minha de origem. Deixei bem claro para ele e ele sabe que pode contar comigo em qualquer posição. Quando o time estava desfalcado joguei vários jogos na lateral-esquerda. Me coloco à disposição para me colocar na posição que houver a necessidade”.
Gol ou assistência?
“O gol é o momento mais legal assim do jogo, confesso que marcar talvez seja um pouco mais emocionante, mas dependendo da assistência fica difícil decidir. Um passe para um gol muito importante tem um peso importante também”.
FELIPE SILVA / Folhapress