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Hamas nega ter exigido mudanças em proposta para cessar-fogo na Faixa de Gaza

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Líderes do Hamas negaram nesta quarta-feira (12) que o grupo tenha exigido mudanças na proposta apresentada pelos Estados Unidos para estabelecer um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Na guerra de versões que permeia o conflito, o governo de Israel havia dito na véspera que a facção pretendia mudar os principais parâmetros do plano, o que colocaria em dúvida a viabilidade de sua implementação.

Osama Hamdan, um dos porta-vozes do grupo terrorista, acusou Tel Aviv e Washington de “fugirem de qualquer compromisso” para estabelecer cessar-fogo permanente em Gaza. “Não falamos sobre quaisquer novas ideias ou propostas [ao plano]”, disse ele ao canal árabe Al-Araby.

Mediadores do Qatar e do Egito confirmaram na terça (11) o recebimento de uma resposta formal do Hamas ao plano dos EUA, mas um dos negociadores disse à agência de notícias AFP que a facção havia exigido emendas, cujos detalhes não foram divulgados.

Em novo giro pelo Oriente Médio, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, confirmou que há dificuldades para os diálogos avançarem. Ele disse que o Hamas propôs “inúmeras mudanças”, algumas das quais seriam impraticáveis, mas que os mediadores estavam atuando para contornar as divergências.

Nos EUA, o assessor de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse que muitas das mudanças propostas pelo Hamas eram “pequenas e não inesperadas”, enquanto outras “divergiam substancialmente” do que foi delineado na resolução do Conselho de Segurança da ONU, que aprovou a proposta. “Nosso objetivo é concluir esse processo. O tempo para pechinchar acabou”, disse.

A mais recente proposta para cessar-fogo aprovada pela ONU foi apresentada no final de maio pelos EUA e propõe uma trégua de três fases. Na primeira, haveria um cessar-fogo completo por seis semanas, a retirada de todas as tropas das áreas habitadas de Gaza e a libertação de reféns sequestrados pelo Hamas em troca de centenas de prisioneiros palestinos. Ao mesmo tempo, passaria a haver um fluxo de 600 caminhões de ajuda humanitária entrando no território palestino todos os dias.

Na segunda fase, Hamas e Israel negociariam um fim para a guerra, e o cessar-fogo continuaria em vigor durante essas negociações. A terceira fase consistiria em um plano de reconstrução do território palestino.

“O Hamas poderia ter respondido com uma única palavra: sim”, disse Blinken nesta quarta. “Em vez disso, o grupo esperou quase duas semanas e, em seguida, propôs mais mudanças, algumas das quais vão além das posições que ele havia tomado e aceitado anteriormente.”

Segundo o governo americano, o governo de Israel aceitou a proposta dos EUA para o cessar-fogo, embora o premiê Binyamin Netanyahu não tenha se manifestado sobre o assunto publicamente.

Redação / Folhapress

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