Herdeiros do banco Safra chegam a acordo e encerram briga judicial

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os herdeiros do banqueiro Joseph Safra anunciaram nesta sexta-feira (19) que firmaram acordo para encerrar a disputa judicial iniciada por Alberto Safra, que dizia ter sido vítima de manipulação por dois de seus irmãos.

Em nota, a família disse ter chegado a uma solução amigável. As condições e os valores envolvidos no acordo não foram divulgados. Alberto, segundo o comunicado, se afastará do grupo J. Safra e seguirá “seus interesses empresariais através da ASA”.

A ASA Investments foi fundada por Alberto em 2019, quando ele deixou o comando do Safra -função que dividia com o irmão David-, em meio a um desentendimento com o irmão. A criação da ASA é um dos panos de fundo da disputa entre os herdeiros Safra.

De saída, Alberto levou para o ASA executivos do Safra, o que teria desagradado ao pai e o levado a deserdar o filho.

No processo que iniciou em Nova York, Alberto disse que a família se aproveitou das condições de saúde do patriarca, Joseph Safra (que morreu em dezembro de 2020), para mexer na estrutura do Safra National Bank, nos Estados Unidos, a SNBNY.

As mudanças, disse Alberto no processo, teriam feito com que ele perdesse força e participação na holding que controla o banco. Nesta sexta, ele disse que as questões foram superadas.

“Estou feliz por deixar esse assunto para trás. Após esclarecimentos, entendi que não houve irregularidades, e que o patrimônio do sr. José foi devidamente distribuído de acordo com seus desejos.”

Também segundo o comunicado distribuído pela família Safra, todos os envolvidos concordaram em encerrar processos judiciais e arbitrais que estejam pendentes.

“A viúva de Joseph, Vicky Safra, e os filhos, disseram, em nota, que estão satisfeitos com o fim da disputa e que reafirmam seus laços familiares.”

Nascido no Líbano e naturalizado brasileiro, Joseph Safra construiu um robusto conglomerado e era apontado pela revista Forbes como o brasileiro mais rico, com uma fortuna avaliada em R$ 119 bilhões quando morreu, em dezembro de 2020, aos 82 anos.

FERNANDA BRIGATTI / Folhapress

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