SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma confusão envolvendo um entregador de aplicativo e um idoso terminou com duas pessoas detidas na zona sul de São Paulo nesta terça-feira (22). A Polícia Civil investiga o caso, que teve início por volta das 13h.
O motoboy Guilherme Sanches disse à reportagem que havia ido até uma residência nas proximidades da avenida Nossa Senhora das Mercês, no Sacomã, para realizar a entrega de uma refeição a uma mulher vizinha do idoso, que tem 70 anos.
Sanches diz que o homem ouviu ele pedir um código para liberar o pedido da mulher e achou se tratar de um golpe.
Nesse instante, o idoso teria pedido para a mulher não passar os dados e teria tentado fotografar a placa da motocicleta. Sanches diz que o homem teria o tratado como se fosse um ladrão.
Ainda segundo o motoboy, os dois começaram a discutir e, na sequência, o filho do homem apareceu e segurou Sanches, que passou a ser agredido.
O motoboy diz que foi agarrado pelo colarinho e recebeu socos na costela do idoso. Um dos socos deixou um hematoma no ombro.
Policiais militares estiveram no local e acalmaram os ânimos, segundo testemunhas. No entanto, um vídeo registrado por uma pessoa que passava pela via e que mostra Sanches relatando as agressões viralizou e chegou a outros motoboys.
Por volta das 16h, um grupo de 50 motociclistas foi até o endereço e passou a hostilizar o idoso e atirar pedras e rojões contra o imóvel dele, segundo PMs que testemunharam o caso. Policiais civis confirmaram que o idoso teve o imóvel e seu veículo depredados.
O idoso então pegou um revólver calibre 32 e apontou em direção ao grupo. Ele não chegou a atirar, de acordo com os PMs e os advogados de Sanches, Matheus Malvezi e Caio Dias.
O delegado responsável diz que vai aguardar a perícia, já que imagens gravadas no local captaram sons semelhantes a tiros.
O idoso foi preso por porte ilegal e disparo de arma de fogo.
Um dos motoboys foi detido por ameaça, por atirar pedras contra a casa. Ambos foram levados ao 26º DP (Sacomã). Eles devem passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (23).
PAULO EDUARDO DIAS / Folhapress