BATATAIS, SP (FOLHAPRESS) – Um homem foi preso neste domingo (25) em Batatais (a 350 km de São Paulo) sob a suspeita de atear fogo numa mata na cidade, uma das atingidas pelos incêndios em série registrados no interior de São Paulo desde a última quinta-feira (22).
O homem de 41 anos, que não teve o nome revelado, foi flagrado por um morador próximo ao bairro Araras colocando fogo numa mata, seca devido à estiagem prolongada.
O morador fez a denúncia e a Polícia Militar efetuou a prisão do suspeito, que portava um isqueiro e uma garrafa com combustível.
De acordo com policiais, o telefone celular do suspeito tinha vídeos de incêndios armazenados em sua galeria de imagens. A prisão aconteceu por volta das 8h30, no Jardim Celeste.
O prefeito de Batatais, Juninho Gaspar (PP), disse neste domingo que o homem detido em flagrante foi conduzido ao plantão policial e que a situação climática crítica fez com que decretasse situação de emergência na cidade, suspendendo as aulas na rede municipal nesta segunda-feira (26).
Batatais, na região metropolitana de Ribeirão Preto, tem sofrido com os incêndios, que já provocaram o fechamento das rodovias Candido Portinari e Altino Arantes, causaram interrupção no fornecimento de energia elétrica e deixaram parte da cidade sem o abastecimento de água.
Neste domingo, a prefeitura informou que o abastecimento de água está prejudicado no município, principalmente nos bairros das partes altas da cidade.
“Por volta das 8h, o sistema de reservatório ficou zerado. A Secretaria de Obras, Planejamento e Serviços Públicos informa que os reservatórios estão sendo reabastecidos para que tenham pressão suficiente para atender a todos”, diz trecho do comunicado da assessoria de comunicação da prefeitura.
A previsão é que o problema sela solucionado às 16h. Caminhões-pipa estão sendo usados para atender a população.
O mesmo problema foi detectado em Ribeirão Preto. O prefeito Duarte Nogueira (PSDB) disse na noite deste sábado (24) que 26 dos 120 poços artesianos registraram problemas em seu funcionamento devido às oscilações no fornecimento de energia elétrica.
MARCELO TOLEDO / Folhapress