SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma menina de 11 anos ficou gravemente ferida depois de ser esfaqueada nesta segunda-feira (12) na região turística de Londres, no Reino Unido, mas já está fora de perigo e não corre risco de morrer, informou a polícia britânica. Um homem de 32 anos foi preso, e as forças de segurança acreditam que o ataque não tem relação com terrorismo. A mãe teve ferimentos leves.
O crime em Londres acontece 12 dias depois do ataque a uma escola de dança em Southport, a 30 km de Liverpool, no noroeste da Inglaterra, quando três meninas morreram e outras ficaram feridas após um homem invadir uma aula temática da cantora Taylor Swift armado com uma faca.
“Uma investigação urgente está em andamento e os detetives estão trabalhando para estabelecer os detalhes exatos do que aconteceu”, disse a polícia sobre o ataque desta segunda. “Neste momento, não acreditamos que o suspeito e as vítimas se conheciam.”
De acordo com a emissora britânica BBC, o agressor foi contido por civis –um segurança de 29 anos, identificado como Abdullah, contou que trabalhava na loja TWG Tea quando interveio ao ouvir alguém gritar. Ele disse que chutou o suspeito e jogou a faca para longe dele.
“Eu ouvi um grito e simplesmente saí e vi um cara com uma faca”, disse ele à BBC. Mais alguns homens também foram ajudar, segundo Abdullah, e seguraram o homem por “quatro a cinco minutos”, acrescentando que decidiu agir porque “não tive tempo, simplesmente não pensei”.
Desde o ataque em Southport, notícias falsas de que o suspeito de 17 anos era muçulmano –e havia solicitado asilo ao chegar ilegalmente de barco ao país–, impulsionaram protestos violentos em diversas cidades do Reino Unido e até em Belfast, na Irlanda do Norte. O adolescente, que nasceu na Grã-Bretanha, está preso.
Na noite seguinte aos assassinatos, ativistas de extrema direita convocaram um ato em Southport após uma vigília pelas três meninas que logo se tornou violento, com centenas de vândalos atacando uma mesquita perto do local da facada.
Eles atiraram tijolos, incendiaram carros e feriram mais de 50 policiais. Desde então, tumultos racistas e anti-imigrantes explodiram no país.
No domingo seguinte ao crime, o primeiro-ministro Keir Starmer denunciou os tumultos como “vandalismo organizado e violento” e alertou que qualquer pessoa que participasse da violência enfrentaria “toda a força da lei”.
Horas depois, grupos de extrema direita na cidade de Rotherham atacaram um hotel que havia sido usado para abrigar solicitantes de asilo, entrando em confronto com a polícia, ateando fogo e invadindo o prédio.
Vídeos mostraram algumas pessoas olhando pelas janelas enquanto uma multidão de manifestantes cercava o hotel, com palavras de ordem como “tirem eles de lá”.
Mais de 400 pessoas foram presas, de acordo com um grupo de chefes de polícia. Muitos já compareceram a tribunais. Alguns já foram condenados e já estão começando a cumprir penas de prisão.
A polícia não informou a motivação do ataque em Londres e nem se ele tem relação com o de Southport. Uma das crianças mortas no fim d nterrada neste domingo (11).
Redação / Folhapress