SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um homem foi preso por suspeita de estuprar uma mulher que bateu no carro dele em Goiânia.
Vítima desceu do carro após colidir no veículo do autor do crime e amassar a placa dele. O acidente ocorreu no domingo (22), segundo a Polícia Civil de Goiás.
Os dois seguiram juntos para arrumar o veículo, mas o homem desviou o caminho e levou a vítima até uma casa dele. No local, ele coagiu a vítima, a obrigando a tirar a roupa e cometendo o estupro, segundo a polícia.
Homem disse que cometeria crime “mais seis vezes, como forma de pagamento”. Após deixar o local, a vítima procurou a polícia. A prisão ocorreu na terça-feira (24).
A Polícia Civil não divulgou as idades do suspeito e da vítima. O UOL não encontrou, até o momento, a defesa do homem preso. O espaço segue aberto para manifestação.
A VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA A MULHER NO BRASIL
No primeiro semestre de 2020, foram registrados 141 casos de estupro por dia no Brasil. Em todo ano de 2019, o número foi de 181 registros a cada dia, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Em 58% de todos os casos, a vítima tinha até 13 anos de idade, o que também caracteriza estupro de vulnerável, um outro tipo de violência sexual.
COMO DENUNCIAR VIOLÊNCIA SEXUAL
Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.
Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.
Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.
Redação / Folhapress