SÃO PAULO, SP E SANTOS, SP (FOLHAPRESS) – Um homem morreu na manhã desta quinta-feira (7) na periferia de Santos, no litoral paulista, depois de um suposto confronto com policiais militares.
A cidade recebeu reforço no policiamento, inclusive de equipes de batalhões de Choque da capital, após a morte do menino Ryan da Silva Andrade Santos, 4. Ele foi baleado na noite de terça-feira (5) quando brincava com outras crianças nas proximidades da casa de um familiar.
A própria Polícia Militar entende que o tiro pode ter partido da arma de um policial. Segundo a mãe do menino, a cozinheira escolar Beatriz da Silva, 29, somente PMs atiraram durante a perseguição a homens em motocicletas. Um adolescente de 17 também morreu na ação.
A morte do homem nesta quinta ocorreu na mesma manhã do enterro de Ryan no cemitério da Areia Branca.
Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), policiais militares realizavam ronda pela região da praça José Lamacchia, bairro Bom Retiro, quando suspeitaram da atitude de quatro homens. Durante uma tentativa de abordagem, o grupo fugiu.
Conforme a versão da polícia, um deles atirou contra os agentes, que revidaram.
O homem baleado foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levado para a UPA Zona Noroeste, onde morreu.
Os outros três homens conseguiram fugir, segundo o registro oficial. O caso é registrado na Deic (Divisão Especializada em Investigações Criminais) de Santos.
A reportagem da Folha esteve no local por volta das 15h. Os moradores não quiseram conversar com a reportagem. Horas depois da ocorrência, uma viatura da Tropa de Choque chegou ao endereço. Dois policiais desceram do carro e entraram em uma viela em direção de onde o homem foi baleado.
O batalhão de elite com sede na capital é uma das unidades enviadas para Santos.
A viela onde o homem foi morto fica a alguns metros de distância da praça onde morreu Edneia Fernandes Silva, 31, mãe de seis crianças, em março deste ano. O soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo foi assassinado em fevereiro a cerca de 1 km dali.
PAULO EDUARDO DIAS E TULIO KRUSE / Folhapress