BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – A Prefeitura de Belo Horizonte encaminhou um ofício aos hospitais da rede SUS (Sistema Único de Saúde) no município para que suspendam as cirurgias ortopédicas eletivas agendadas entre a última quarta-feira (22) e o dia 5 de fevereiro.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde afirma que a medida foi tomada em razão da grande demanda por cirurgias de urgência, a maioria de pacientes envolvidos em acidentes de trânsito e quedas. Segundo a prefeitura, em média 100 pacientes buscam um leito ortopédico de urgência na cidade a cada dia.
A alta demanda de cirurgias ortopédicas de urgência neste mês chegou a levar o Hospital Risoleta Neves a interromper o atendimento de pacientes em menor urgência. A unidade voltou a recebê-los nesta quinta, com a transferência de pacientes e a ordem para cancelar cirurgias eletivas.
A reportagem procurou as unidades que atuam com cirurgia ortopédica no município. Até a publicação da reportagem, cinco responderam.
O Hospital Evangélico de Belo Horizonte disse que ampliou a oferta de cirurgias de urgência. Afirmou também que tem 60 cirurgias ortopédicas eletivas agendadas e que o prazo para que elas sejam feitas é de até 90 dias, conforme outra norma da prefeitura.
O Hospital da Baleia afirmou que havia 28 cirurgias agendadas e que seis delas foram canceladas, sendo substituídas pela mesma quantidade de procedimentos de urgência. “Todas as cirurgias serão canceladas somente mediante a marcação de uma de urgência que as substituam”, disse, em nota
O Hospital das Clínicas da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) confirmou ter recebido o ofício na quarta (22) e disse que ainda não há um levantamento das cirurgias eletivas que seriam realizadas e tiveram que ser adiadas.
A Santa Casa de BH afirmou que adota as medidas emergenciais solicitadas pelo município e que as internações para procedimentos eletivos ortopédicos estão sendo reavaliadas em conjunto com a Secretaria de Saúde.
A Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma), mantenedora do Hospital Universitário Ciências Médicas de Minas Gerais (HUCM-MG), disse que recebeu a solicitação da Secretaria de Saúde e tratou a situação como de exceção.
ARTUR BÚRIGO / Folhapress
