Humor esperto e clima natalino conquistam em ‘Operação Natal’

FOLHAPRESS – Mais um filme de Dwayne Johnson nos cinemas. É um atrás do outro, e desta vez ele aparece numa equipe de heróis natalinos. Tem Chris Evans, sem o uniforme do Capitão América, um urso gigante, que é a cara daquele do anúncio da Coca-Cola no Natal, e o próprio Papai Noel, que desta vez não é gordinho, mas saradão, interpretado pelo cruel professor de bateria de “Whiplash”, J.K. Simmons.

Depois de ver essa turma no cartaz do cinema, que também tem a ex-“Panteras” Lucy Liu, é um pouco difícil acreditar que poderá sair alguma coisa boa dessa empreitada. Mas aí “Operação Natal” traz duas horas de aventura em bom ritmo e humor inteligente, quebrando a cara de quem gostaria de falar mal do filme.

Tudo vai bem quando começa bem, e o ponto de partida da história é inventivo. Papai Noel existe, vive no Polo Norte, numa cidade futurista, onde moram milhares de trabalhadores, entre pessoas, gnomos, ursos falantes e renas do tamanho de um ônibus. Ali, todos trabalham para preparar os brinquedos que serão distribuídos a todas as crianças do planeta e dão o seu o máximo durante 364 dias por ano. Sim, 364, porque no dia 26 de dezembro eles tiram folga.

Uma organização altamente tecnológica do governo americano dá apoio e infraestrutura para ajudar o bom velhinho a manter o trabalho que ele faz há mais de 800 anos. É uma agência que trabalha no monitoramento de criaturas mitológicas. A coisa toda lembra um pouco os agentes secretos de “Homens de Preto” e aquela rede maluca que acompanha milhares de alienígenas que habitam a Terra.

Mas a história começa longe dessa cidade de brinquedos. Nos Estados Unidos, o temido hacker “Lobo” é contratado para entrar no sistema de um laboratório que observa fenômenos sísmicos. Sua missão é rastrear qualquer atividade numa área do Polo Norte determinada pelo sujeito que está pagando pela invasão. Jack, o hacker, é o papel de Chris Evans, que vai bem no tipo “espertalhão que não é tão esperto”.

Na noite de 23 de dezembro, homens invadem a cidade no Polo Norte, localizada pela engenhosidade de Jack, e levam o Papai Noel. Quem enlouquece e precisa encontrá-lo de qualquer jeito é Cal, seu chefe de segurança há seis séculos, interpretado por Dwayne Johnson.

O fortão vai percorrer o mundo atrás de seu chefe sequestrado, e sua primeira pista é a invasão de Jack no laboratório de fenômenos sísmicos. Então Cal decide levar o hacker à força para acompanhá-lo na busca por Papai Noel.

Em pouco tempo, eles descobrem que quem o raptou é uma bruxa, antiga conhecida de Noel, que quer extrair o poder fantástico que ele tem para comandar a entrega dos presentes todos os anos. Ela pretende usar essa energia para um plano maléfico —distribuir punições a quem não tenha sido um bom menino, mesmo que apenas uma vez na vida. Seus critérios são rígidos, o que transforma quase todas as pessoas na Terra em alvos dessa vingança.

O número de criaturas fantásticas que aparecem pelo caminho de Cal e Jack só aumenta, e a situação se torna desesperadora com a perspectiva de um Natal não acontecer, o que já seria uma catástrofe monumental. Mas há também a preocupação maior, que é evitar que a Bruxa mande para o limbo eterno pessoas que simplesmente falaram uma mentirinha algum dia.

As sacadas do roteiro são muito boas, como, por exemplo, usar os depósitos de todas as lojas de brinquedos do mundo como portas de entrada e saída para Cal e Jack, numa rede de teletransporte planetário no meio de caixas empilhadas de bonecas e carrinhos. É também sensacional a maneira como os heróis utilizam os brinquedos como armas.

O final da história é bem previsível, mas ninguém em sã consciência vai esperar algo diferente em um filme que se propõe a ser entretenimento natalino. O que vale mesmo é que as piadas são boas, a ação não para e existe uma boa química entre Chris Evans e Dwayne Johnson.

OPERAÇÃO NATAL

– Avaliação Muito bom

– Classificação 12 anos

– Elenco Dwayne Johnson, Chris Evans e J.K. Simmons

– Produção Estados Unidos, 2024

– Direção Jake Kasdan

– Onde assistir Nos cinemas

THALES DE MENEZES / Folhapress

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