Hypera nega oferta de fusão da EMS por ‘subestimar’ valor da empresa

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O conselho de administração da Hypera rejeitou a proposta de aquisição de ações e de combinação de negócios feita pela EMS, controlado pelo grupo NC Farma, de acordo com fato relevante divulgado pela farmacêutica nesta quinta-feira (24).

“Após analisar a Proposta, em conjunto com seus assessores externos, o Conselho de Administração deliberou, por unanimidade, rejeitá-la, sem dar início a tratativas quanto ao tema”, afirmou a empresa, dona dos medicamentos Benegrip e Doril.

Entre os argumentos para a negativa, a Hypera citou que a avaliação atribuída à companhia na proposta “subestima significativamente o valor da Hypera”.

A empresa também afirmou que portfólio de produtos da EMS não está alinhado com os segmentos que a companhia avalia como estratégicos, bem como a Hypera e a EMS têm cultura organizacional e práticas de governança corporativa “absolutamente distintas”.

Newsletter Folha Mercado Receba no seu email o que de mais importante acontece na economia; aberta para não assinantes. *** Segundo a proposta que foi divulgada pela EMS, a companhia ofereceu comprar 20% das ações da Hypera a um valor de R$ 30 por ação, um prêmio de cerca de 14,6% frente ao preço do papel negociado na Bolsa ao final do pregão de 21 de outubro, quando foi anunciada a oferta.

Caso a fusão fosse aceita, o negócio poderia resultar na criação de uma empresa líder do setor farmacêutico na América Latina, conforme constava na proposta enviada pela NC Farma.

No ano passado, a Hypera registrou receita líquida de R$ 7,91 bilhões. As vendas para o consumidor final pela empresa foram majoritariamente de medicamentos com prescrição (32%) e sem prescrição (32%). Já a venda de genéricos somou 13% e a de similares, 15%.

No caso da EMS, que teve receita líquida de R$ 7,945 bilhões em 2023, a situação é inversa. A venda de genéricos foi de 42% do total das vendas da empresa para o consumidor final em 2023, enquanto similares foi de 16%, medicamentos sob prescrição, 25%, e sem prescrição, apenas 2%.

Redação / Folhapress

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