RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) vai pesquisar os gastos dos brasileiros com jogos e apostas online, o que inclui as chamadas bets.
A investigação será feita na nova edição da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), que irá a campo a partir de 5 de novembro. Os gastos com apostas integram 1 dos 7 questionários da pesquisa, chamado aquisição individual.
A POF é um dos trabalhos mais importantes do IBGE. O levantamento dos dados se estende por 12 meses. Seus resultados devem ser divulgados a partir de 2026.
A pesquisa investiga como o orçamento das famílias é gasto no Brasil, servindo como base para a atualização da cesta de bens e serviços investigados no índice oficial de inflação, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Por meio da POF, é possível saber, por exemplo, quanto do orçamento das famílias é destinado para compra de alimentos, combustíveis, roupas, medicamentos e passagens de ônibus.
O levantamento é feito a partir de uma amostra da população. Ou seja, o instituto não irá entrevistar todos os brasileiros.
O IBGE afirma que mais de 100 mil domicílios participarão da pesquisa em mais de 2.000 municípios. O órgão apresenta os detalhes do trabalho em evento na manhã desta terça (7) no Rio de Janeiro.
A edição mais recente da POF é relativa a 2017 e 2018. A atualização da cesta do IPCA a partir da pesquisa é recomendada por especialistas.
A medida é vista como necessária para que os bens e serviços do índice de inflação ganhem ou percam peso de acordo com sua relevância no orçamento das famílias.
Na atualização mais recente da cesta do IPCA, a partir da última POF, o IBGE passou a medir a evolução dos preços de subitens como streaming e transporte por aplicativo. São serviços de plataformas como Netflix, Uber e 99, que ganharam espaço no dia a dia das famílias.
Em contrapartida, a atualização ocorrida em 2020 retirou do cálculo de inflação subitens como CD, DVD e máquina fotográfica, que perderam participação no orçamento dos brasileiros.
LEONARDO VIECELI / Folhapress