Ibirapuera é reaberto após tempestade derrubar estrutura e deixar feridos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O parque Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, foi reaberto às 14h desta terça-feira (9) após uma forte chuva derrubar uma estrutura metálica usada na manutenção da marquise do parque e deixar quatro pessoas feridas. Em todo o estado, a tempestade provocou a morte de um homem (em Itupeva, a 71 km da capital) e o cancelamento de voos.

A previsão a Urbia, concessionária que administra o espaço, era de reabrir somente na quarta-feira (10). Isso, porém, foi revisto.

Segundo a empresa, as equipes estão trabalhando incessantemente para o pleno restabelecimento do parque com a garantia do bem-estar dos visitantes. O MAM (Museu de Arte Moderna), a Bienal, o Pavilhão Japonês e o Museu Afro Brasil permanecem fechados.

Na segunda-feira (8), os feridos na queda da estrutura foram encaminhadas ao hospital Albert Einstein. Uma das vítimas foi levada ao hospital com suspeita de ter fraturado uma costela e outra com contusão nos membros superiores. Outra pessoa teve escoriações, sendo atendida pelos bombeiros.

Desavisados sobre o fechamento do parque chegavam aos montes desde as primeiras horas da manhã. Foi o caso do arquiteto Cléber Andrade, 33, e suas filhas de oito e cinco anos. Ele levava as garotas para brincar no playground do espaço.

No portão 1 do endereço, um segurança os avisou sobre a peculiaridade causada pelas fortes chuvas desta segunda-feira. “As meninas querem chorar, mas fazer o quê? Vamos voltar para casa, moramos perto”, diz.

Mais nervosa estava a família de Bruno Souza, 28. O comerciante levou sua mãe e três sobrinhas para um dia de passeio. Haviam saído de Itaquera, na zona leste de São Paulo, às 7h. Chegaram ao Ibirapuera às 10h após pegar dois ônibus.

“Hoje é minha única folga na semana e quis me divertir. Demos de cara no portão”, conta Bruno. “Não sei aonde vamos agora.”

A Defesa Civil estadual alertou que haverá condições para pancadas de chuva forte, seguidas por raios e vento, nesta terça. “Até o momento, os modelos não indicam risco para acumulados [de chuva] elevados, porém como haverá momentos de tempestade, recomenda-se atenção em áreas de risco”, informou a Defesa Civil, em nota.

Segundo o Corpo de Bombeiros, foram registrados aproximadamente 290 chamados para quedas de árvore na região metropolitana de São Paulo nas últimas 24 horas. A região sul da capital foi a mais atingida.

“Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil municipal atenderam aos chamados para podas de árvores, para liberação das vias e em apoio à Enel, com o objetivo de reestabelecer a energia elétrica nos locais afetados”, informou a Defesa Civil.

Entre os municípios mais atingidos pelo temporal em todo estado estão as cidades de Mogi das Cruzes, Jundiaí, Francisco Morato e Valparaíso, além da capital. O nível de chuva chegou a 97 mm na segunda-feira em Mogi das Cruzes, na Grande SP. Na mesma cidade, uma família ficou desalojada após sua casa ser invadida pela água.

FRANCISCO LIMA NETO E BRUNO LUCCA / Folhapress

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