Ídolo do skate vertical, Gui Khury diz que as Olimpíadas serão das crianças

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Ele tem apenas 14 anos, mas acumula um currículo esportivo invejável, sendo um dos melhores do mundo no skate vertical e um dos maiores ídolos do skate nacional da atualidade.

O curitibano Gui Khury está se transformando em unanimidade, por seu carisma, garra, astúcia, inteligência e pela incrível habilidade de girar com seu skate nas pistas como ninguém no mundo, ao realizar manobras como 900 e até o 1080 graus, com total perfeição.

A reportagem esteve na passagem de Gui por São Paulo, durante o Vert Battle, no Centro Esportivo Tietê neste final de semana, para bater um papo descontraído com esse jovem prodígio que já bateu recordes no Guiness Book, e recentemente vem de uma campanha vitoriosa pelo X Games da Califórnia, onde conquistou uma medalha de ouro e outra de prata no vertical.

Gui está em plena evolução como skatista profissional global, e encara os maiores nomes da modalidade internacional de igual para igual.

No dia 19 de agosto, Gui será o anfitrião do MegaPark, segunda etapa da Plataforma STU deste ano, onde novamente grandes nomes do skate vertical irão mostrar habilidades em alta velocidade e grandes alturas.

Na rápida conversa, foi falado sobre ídolos, skate old school, manobras de giro, Olimpíadas e o que ele pensa em ser quando “crescer”.

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PERGUNTA – Vamos falar de números, já que você é especialista em giros no ar. Já acertou 360, 540, 720, 900 e até um 1080 graus (três giros consecutivos). Até onde isso vai, tem algum limite?

GUI KHURY – Tem e não tem. Se a rampa for grande sempre tem a possibilidade de ir aumentando mais 180, 360 e por aí vai. Acredito que no futuro todo mundo vai estar girando também.

P – Você está entre os melhores do mundo no skate vertical, mas no park ainda não consegue estar entre os finalistas, por que isso acontece?

GK – Eu acho que é questão de treino, eu venho treinando todos os dias no park e estou chegando lá, mas acho que preciso pegar mais experiência. A galera que treina no park, não faz outra modalidade, e se eu for bem no park dá para um dia eu entrar nas Olimpíadas.

P – Você acha que o que falta são manobras para você estar entre os top do skate park?

GK – Eu acho que falta andar com mais velocidade, entrar no “flow”, voar mais alto e fazer manobras mais fluídas.

P – Você está com 14 anos e faz parte da geração Alpha que inclui skatistas de ponta como as australianas Arisa Trew (13) do park e vertical, Chloe Covell e o japonês Ginwoo Onodera (ambos do street com 13 anos também). Você acha isso uma tendência para as Olimpíadas?

GK – Eu acho que vai ter mais criança do que adultos (no skate) nas Olimpíadas. O skate está crescendo muito, tanto entre meninos e meninas, sem falar nos japoneses, que estão andando demais e vai ser difícil de alcançá-los, em breve vão dominar toda a cena do skate.

P – Tem alguém que você “tira o boné”, ou o capacete por respeito no skate?

GK – O Sandro Dias (Mineirinho) e o Tony Hawk, com certeza, pois será muito difícil alguém alcançar eles que têm mais de três campeonatos mundiais, muitas medalhas no X Games, e o Bob Burnquist, que tem mais de 30 medalhas no X Games, o que iria levar uma eternidade para conquistar.

P – Hoje você cursa o nono ano, quando você se formar já pensou o que você gostaria de ser?

GK – Eu gostaria de continuar como skatista profissional, mas também pode ser Medicina, ou algo que tenha a ver com esporte, como Educação Física.

P – Voce já ganhou medalhas de ouro, prata e bronze no X Games (além de recordes no Guiness Book). O que mais falta? E qual o futuro do Gui Khury?

GK – Falta ganhar todos os campeonatos, ser campeão mundial no park, na Megarrampa, eu quero ir para Olimpíadas e ser o melhor do mundo.

Redação / Folhapress

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